Contrato rescindido

Após 'repercussão repleta de inverdades', Fiemg não vai mais assumir Sala Minas Gerais

Polêmica começou logo após o anúncio feito pelo Governo do Estado a respeito da assinatura da entidade para acordo sobre gestão

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
16/04/2024 às 14:12.
Atualizado em 16/04/2024 às 15:07
 (Sebastião Jacinto Júnior / Fiemg / Divulgação)

(Sebastião Jacinto Júnior / Fiemg / Divulgação)

A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) não será mais responsável pela Sala Minas Gerais, casa da orquestra Filarmônica em Belo Horizonte. A entidade informou, nesta terça-feira (16), que protocolou uma rescisão para retirar a proposta para fazer a gestão compartilhada junto ao Serviço Social da Indústria de Minas (Sesi-MG).

O contrato havia sido firmado no último dia 5 com a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). Nesta terça-feira, durante coletiva de imprensa do Minas Trend, evento de moda que ocorre no Minascentro, o presidente  da Fiemg, Flávio Roscoe, explicou que o motivo da rescisão foi devido à “repercussão repleta de inverdades a respeito do acordo de cooperação técnica envolvendo a gestão compartilhada da sala” - a Filarmônica reclamou não ter sido incluída nas negociações.

“É a primeira vez que vejo alguém ser rechaçado sem sequer a proposta. Soltaram uma nota dizendo que nunca tinham sido comunicados, tenho comunicações com o presidente do conselho da Filarmônica. Nós dialogamos e toda a proposta que fiz foi negociada em acordo. É lamentável tanta desinformação”, disse Roscoe.

O acordo de cooperação técnica para gestão compartilhada da Sala Minas Gerais e do Espaço Mineiraria, localizado no Barro Preto, região Oesde de BH, foi assinado no início de abril com o objetivo de otimizar o uso dos espaços que atualmente estão sendo utilizados, buscando ampliar a realização de eventos culturais.

Além disso, a parceria também buscava meios de redução dos custos da estrutura da Sala Minas Gerais, tanto para o Instituto Cultural Filarmônica quanto para o Estado. Atualmente, segundo o presidente da Fiemg, o prédio tem um alto custo de manutenção, estimado em R$ 4,5 milhões por ano.

No dia 8 de janeiro, a orquestra chegou a publicar uma nota informando que “não participou de qualquer fase das negociações e que só tomou conhecimento pela imprensa do Acordo de Cooperação Técnica para Gestão Compartilhada da Sala Minas Gerais e Mineiraria entre a Codemig e a Fiemg/Sesi Minas, tendo tido acesso ao documento somente após a sua assinatura em evento promovido pela Codemig e Fiemg”.

A equipe do Hoje em Dia entrou em contato com a Filarmônica de Minas Gerais e com o Governo de Minas a respeito da desistência da gestão compartilhada. A matéria será atualizada com o retorno de ambos.

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