(Flávio Tavares)
Cores, tamanhos, espécies e temperamentos variados. Quem deseja se tornar um aquarista e cultivar um recipiente de água doce ou salgada precisa lidar com as particularidades de cada uma das vidas escolhidas para habitá-lo. Para garantir a saúde do local é fundamental ter em mente dois cuidados principais: a troca constante da água e a quantidade de ração oferecida aos peixes.
Aos aspirantes ou aquaristas profissionais, fica a dica: peixes e corais têm beleza incomum, harmonizam-se com os mais variados tipos de ambientes e podem se tornar verdadeiros objetos de desejo ou decoração. São, no entanto, frágeis e extremamente vulneráveis. Todo cuidado é pouco. Vale lembrar que demandam atenção constante e dispensam, por vezes, alto investimento financeiro.
Até R$ 70 mil
Variados não somente na beleza e nas características, os aquários, especialmente os marinhos, se diferenciam também pelos preços, muitas vezes salgados, tanto para montar quanto para mantê-los. Do mais simples ao mais sofisticado, podem variar de R$ 500 a R$ 70 mil. Os peixes, em sua maioria importados dos países asiáticos, têm preços igualmente elevados.
Corais, cultivados em água salgada, têm potencial de crescimento lento (Foto: Flávio Tavares)
Um simples Neon, por exemplo, um dos mais resistentes e adaptáveis à água doce, custa, em média, R$ 2. Já o famoso Blue Tang, a célebre personagem Dóri do filme “Procurando Nemo”, não sai por menos de R$ 900 nas lojas especializadas.
Para o aquarista Rodrigo Rückert, proprietário da Aqua Planet, em Belo Horizonte, o grande barato do que, para ele, é um hobby, é cuidar de vidas em constante desenvolvimento. “Os aquaristas geralmente são pessoas calmas, tranquilas. O prazer está em ver o ambiente se desenvolvendo”, pontua.
O médico Rafael Aguilar partilha da mesma opinião. Para montar seu aquário marinho, ele gastou cerca de R$ 7 mil. O recipiente, que mede 1,5 metro, é, segundo ele, “o objeto de decoração da sala”. O foco são os corais, que se desenvolvem lentamente. Peixes são apenas sete.