
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) vai esperar passar o feriado de Carnaval para entrar na Justiça pedindo a reintegração de posse do terreno invadido neste sábado (1º), no Barreiro.
Durante a madrugada, cerca de 230 famílias (aproximadamente mil pessoas, entre jovens, adultos e crianças) ocuparam um terreno de 140 mil m2, em área de preservação ambiental, entre as vilas Pinho e Santa Rita.
Apesar da tensão no local, pois havia a possibilidade de despejo dos invasores por parte dos policiais militares, acionados pela Regional Barreiro, a situação se tranquilizou com a chegada do frei Gilvander Luís Moreira, assessor da Comissão Pastoral da Terra, e da coronel Cláudia Romualdo, comandante do Policiamento da Capital.
Acordo
Segundo o frei Gilvander, houve um acordo com o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, para resolver a situação.
Por causa desse acerto, conforme Gilvander, os invasores poderiam ocupar a metade do terreno, desde que respeitado o limite de 30 metros de distância do espelho d’água de um córrego que passa pela região.
Cristiane Farias Chaves, de 34 anos, que estava entre os ocupantes do terreno, nega que a área seja de preservação ambiental. “Estamos aqui há uma semana. Não há nada, só mato. Todo mundo que está aqui não aguenta mais pagar aluguel e outros nem têm casa”, afirmou.
O secretário de Administração da Regional Barreiro da PBH, Wanderley Porto, informou que a permissão para permanência do grupo é contrária à posição da PBH. Ele entende que a PM deve desocupar o terreno.
Atualizada às 23h20