"Arma secreta" da acusação contra goleiro Bruno falha e não servirá para julgamento

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
03/03/2013 às 13:20.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:32

(Marcelo Prates)

A tentativa do assistente de acusação do julgamento do goleiro Bruno Fernandes, José Arteiro, de apresentar uma "arma secreta" durante o júri, foi em vão. O advogado declarou ao longo da semana que iria levar uma tesemunha que comprovaria que o atleta é o mentor do crime contra a ex-amante, Eliza Samudio. Neste domingo (3), Arteiro assumiu que não conseguiu incluir mais um nome na lista das testemunhas arroladas pela acusação.
 
"Até fiz o pedido para a juíza, mas ela negou. Seria uma carta na manga no caso de alguns dos outros arrolados não serem encontrados", alega o advogado. Sendo assim, a acusação não conta mais com a presença de Andrea Rodrigues, suposta amante de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ao longo do julgamento que começa amanhã em Contagem, na região metropolitana.
 
Andrea, que chegou a ser ouvida no ano passado pela Polícia Civil iria contar aos jurados o teor das cartas que recebia de Macarrão, falando sobre o crime contra Eliza. Ela também afirma que ganhou do suposto amante um par de brincos que seria da vítima, dias depois do registro do desaparecimento da ex-amante de Bruno. "Agora vamos deixar para usar tudo isso no julgamento do Bola, no mês que vem", avisa Arteiro.
 

Convocados

Tanto as testemunhas de defesa, quanto as de acusação, já foram oficiadas pela Justiça há algum tempo. Por parte da promotoria, serão ouvidos a delegada que comandou as investigações do desaparecimento e morte de Eliza, Ana Maria dos Santos; o policial João Batista Alves, que atesta que alguns envolvidos não sofreram coação durante os depoimento; o detento Jaílson de Oliveira, que foi colega de cela de Bola e diz ter ouvido dele uma confissão do crime; e uma servidora pública que acompanhou a oitiva do primo de Bruno, Jorge Luiz Lisboa, e comprova que ele não foi ameaçado ou coagido pela polícia.
 
Defesa e acusação contam com a presença de Jorge, arrolado como informante por ambas as partes. Como estava envolvido no caso e era menor, à época do crime, ele não se encaixa na condição de testemunha. Isso quer dizer que o primo do goleiro não tem compromisso com a verdade, uma vez que não pode ser processado por falso testemunho no papel de informante.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por