Assistência à saúde mental dos atingidos pelo rompimento da barragem em Brumadinho será ampliada
Foram viabilizadas as contratações de mais de 200 profissionais para atuarem nos centros de saúde
A assistência à saúde mental dos moradores de Brumadinho, na Grande BH, e outros municípios atingidos pelo rompimento da barragem da Vale - que resultou em impactos psicológicos e psiquiátricos para a população - será ampliada até meados de 2026. O reforço na prestação do serviço pela rede pública está previsto no acordo de reparação dos danos causados pelo desastre.
Para Brumadinho, o projeto Ações de Fomento à Saúde e Assistência conta com duas etapas, totalizando cerca de R$ 40 milhões em recursos destinados ao fortalecimento de equipes da Atenção Primária e da Atenção Psicossocial.
Foram viabilizadas as contratações de mais de 200 profissionais para atuarem nos centros de saúde em equipes de Estratégia da Saúde da Família (ESF), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Complexo Hospitalar, no Centro de Alternativas Socioeconômicas do Cerrado (Casec), nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e na policlínica do município.
Segundo o Estado, a iniciativa começou a ser implementada de forma emergencial logo após o rompimento. A gestão dos recursos e das equipes é realizada pela prefeitura.
Saúde mental na Bacia do Paraopeba
Dos outros 25 municípios atingidos, os 13 que apresentam Caps estão implementando ações de fortalecimento da rede psicossocial. As cidades são Betim, Curvelo, Esmeraldas, Felixlândia, Igarapé, Juatuba, Mário Campos, Mateus Leme, Morada Nova de Minas, Pará de Minas, Pompéu, São Joaquim de Bicas e Três Marias.
A iniciativa prevê a estruturação e a adequação das Unidades de Atenção Psicossocial para fomento e qualificação das equipes. Cada município teve um plano de trabalho construído e aprovado junto à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
O projeto de fortalecimento da saúde mental nos municípios da Bacia do Paraopeba tem valor total estimado em R$ 19,7 milhões, dividido conforme critérios estabelecidos no acordo judicial.
Estão previstos repasses de três parcelas aos municípios que aderiram ao acordo. A primeira foi paga em março de 2023, em um montante de R$ 11,8 milhões.
Para o repasse das próximas parcelas é necessário que o município tenha executado 80% do recurso repassado e reportado para Auditoria Socioeconômica da Fundação Getúlio Vargas (FGV) o uso desse recurso, em conformidade com o que foi previsto nos planos de trabalho.
*Com informações da Agência Minas
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