Atendimento no pronto-socorro do Hospital Risoleta Neves é retomado gradualmente após superlotação
Segundo a administração da unidade de saúde, foram adotadas medidas previstas no Plano de Capacidade Plena para retomada dos atendimentos

O Hospital Risoleta Tolentino Neves, na região Norte de Belo Horizonte, retomou, de forma gradual, os atendimentos aos pacientes na porta do pronto-socorro. A unidade de saúde, que havia restringido o atendimento devido à superlotação, informou nesta terça-feira (29) que voltou a receber não apenas casos de emergência e muito urgentes, mas também demandas consideradas não críticas.
Para viabilizar a retomada do atendimento, a administração do hospital informou que foram adotadas medidas previstas no Plano de Capacidade Plena, um protocolo para gerenciar as atividades em situações de alta demanda. Além disso, alguns pacientes precisaram ser transferidos para outras unidades da Rede de Urgência e Emergência de Belo Horizonte.
Apesar da retomada gradual, a situação no hospital ainda é delicada. Na manhã desta terça-feira (29), por volta das 7h, o pronto-socorro atendia 124 pacientes, um número significativamente acima da capacidade operacional da unidade, que é de 90 pacientes simultaneamente.
A restrição no atendimento havia sido determinada na tarde de segunda-feira (28), limitando a assistência a casos de emergência (risco de morte) e muita urgência (necessidade de atendimento imediato). A direção do hospital justificou a medida como uma forma de "assegurar a qualidade e a segurança assistencial" diante do aumento expressivo na demanda.
Segundo a administração, às 13h de segunda-feira, o pronto-socorro já registrava 171 atendimentos. O hospital observou um aumento de 20% na procura por pacientes com quadros mais graves desde a sexta-feira (25 de abril), o que impactou a capacidade de receber novos casos.
A direção do Hospital Risoleta Neves comunicou a situação à Rede de Urgência e Emergência de Belo Horizonte e solicitou apoio no encaminhamento de pacientes para outras unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), em nota, destacou que o Hospital Risoleta Tolentino Neves recebe custeio tripartite (federal, estadual e municipal), sendo a maior parte da receita (cerca de R$ 130 milhões anuais) proveniente do governo estadual, cujos repasses estariam em dia, sendo transferidos via Fundo Municipal de Saúde.
Por sua vez, a Prefeitura de BH informou que a situação no Hospital Risoleta Neves está sendo avaliada e que os casos que seriam encaminhados pelo SAMU para a unidade serão direcionados a outros pontos da rede assistencial, como Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e outros hospitais, buscando assim desafogar o fluxo no Risoleta Neves.
Veja nota na íntegra:
"A Prefeitura de Belo Horizonte esclarece que o SUS funciona em rede e conta com vários equipamentos para realizar os atendimentos à população. A situação do Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN) já está sendo avaliada pela Secretaria Municipal de Saúde sendo que os casos que seriam encaminhados ao HRTN pelo SAMU serão direcionados a outros pontos da rede assistencial, como UPAs e hospitais.
A Secretaria Municipal de Saúde tem empreendido todos os esforços para garantir todo o apoio ao HRTN e ainda garantir a assistência necessária aos usuários em todas as unidades da rede SUS-BH."