Em meio à maior epidemia de dengue da história já enfrentada em Minas, as doenças respiratórias também preocupam. O alerta é ainda maior com relação às crianças. Só no Hospital João Paulo II, em Belo Horizonte, os atendimentos aumentaram mais de 60%, conforme informou nesta terça-feira (12) o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.
O médico confirmou que outras unidades de saúde também têm ficado lotadas. "Não estamos tendo sossego nos atendimentos de urgência", disse Baccheretti, que comparou os atendimentos pediátricos no João Paulo II neste ano e em 2023.
"Estamos saindo de uma epidemia de dengue para uma sazonalidade de doenças respiratórias já esperada. No João Paulo II, ontem, foram 260 atendimentos, e no ano passado era no máximo 160", disse o secretário, que prometeu reforçar a assistência. Segundo ele, o Estado vai aumentar a oferta de leitos de terapia intensiva na unidade nos próximos dias.
Baccheretti concedeu entrevista nesta terça e analisou o atual cenário das arboviroses - doenças como dengue, chikungunya e zika, que são causadas por vírus transmitidos por mosquitos. Segundo ele, o pico de casos de dengue já foi alcançado, mas ainda não há uma previsão exata de quando a curva de casos vai começar a cair.
"Estamos na fase dos dados chegarem, mas provavelmente já batemos o teto. Ainda estamos tendo muitos casos até a curva começar a cair, e isso reflete nas unidades de saúde pois somam-se casos de dengue com a sazonalidade de doenças respiratórias".
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