Adultos e crianças que gostam de emoções fortes não podem deixar de visitar a Invasão Alien, atração em cartaz no Itaú Power Shopping até 20 de setembro. São 100 metros quadrados de desafios entre espécies interplanetárias que povoam a imaginação de muita gente. “O espaço traz cinco modalidades, com diferentes níveis de terror”, diz o produtor da atração, Rafael Silveira. 

 

A “invasão” acontece em meio a um labirinto, e traz uma forma de entretenimento que atrai os mais diferentes públicos, tendo em comum o gosto por emoções fortes. “Trabalhamos com o conceito de curiosidade e surpresa. Nem todos sentem medo, mas todo mundo se assusta”, garante Rafael. “O susto diverte, mesmo aqueles que entram dizendo que sabem que é mentira e que não têm medo levam bons sustos. Às vezes, durante a montagem do evento, até a gente mesmo se assusta”, revela. 

 

Mas, como algo que assusta e provoca medo pode ser tão atrativo? O medo é um mecanismo de autodefesa do organismo para evitar o perigo. 

 

Quando o cérebro percebe uma ameaça, os sistema de defesa é acionado, liberando endorfina, dopamina e adrenalina no sangue. Mas, sabendo que aquela ameaça, aquele monstro é de mentira, o organismo tem uma reação mais prazerosa do que desagradável. 

 

“O risco é controlado, por isso, enfrentar o obscuro é um desafio prazeroso nesses casos”, observa o coordenador do curso de psicologia do UniBH, professor Julio Flávio Figueiredo Fernandes. “E com a experiência do medo como diversão, as pessoas liberam energia e descarregam tensões de sentimentos inconscientes”, completa o também psicanalista e professor do UniBH, Evaristo Magalhães. 

 

Segundo uma pesquisa realizada pela empresa Mais Comunicação e Marketing, responsável pela Invasão Alien, 65% do público da atração é formado por mulheres. “Quando bolamos o evento, imaginamos que nosso público seria de crianças, até 12 anos. Mas os pais e acompanhantes começaram a entrar, se assustar e gostar. Então, criamos as modalidades, para atender os mais diferentes interesses pelo mistério e suspense da brincadeira”, diz.