(Reprodução / Redes Sociais)
A morte da escrivã da Polícia Civil Rafaela Drumond será tema de uma audiência pública na Assembleia Legislativa (ALMG), nesta sexta-feira (30). A reunião foi solicitada pelo presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Sargento Rodrigues (PL), que considera o caso como “gravíssimo”.
O objetivo da audiência é chamar a atenção para os problemas de saúde mental dos policiais civis, que, segundo ele, se sentem vulneráveis devido à falta de efetivo e à sobrecarga de trabalho. Antes de morrer, a escrivã relatou à amigos que estava sofrendo assédio moral e sexual.
“Estou vendo a sobrecarga aumentar e não ter reposição dos servidores. Não contratam efetivo a contento. A polícia está capengando. A questão do efetivo é um componente muito importante, muito forte pra esse tipo de coisa que está acontecendo. A falta de efetivo gera sobrecarga, a sobrecarga aumenta a cobrança, a cobrança vira assédio e assédio leva ao suicício, é um ciclo vicioso”, argumenta o parlamentar.
Foram convocadas para a audiência a secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, e a chefe da Polícia Civil, Letícia Gambogi. Também foram convidados parentes de Rafaela Drumond, lideranças sindicais e representantes do Ministério Público. A Polícia Civil e o Governo de Minas ainda não informaram se os convocados vão participar da audiência.
Relembre o caso
A escrivã de polícia Rafaela Drumond foi encontrada morta pelos pais dentro de casa na noite do dia 9 de junho em Antônio Carlos. Ela atuava na delegacia da cidade vizinha, em Carandaí e, antes de tirar a própria vida, havia relatado a uma amiga que estava sendo vítima de assédio moral e sexual no trabalho.
Os superiores hierárquicos de Rafaela Drumond foram afastados da delegacia de Carandaí. Um delegado e um investigador foram transferidos para Conselheiro Lafaiete.
Na última semana a Corregedoria-Geral da Polícia Civil assumiu a responsabilidade pelo inquérito que apura o caso.
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