Aumento expressivo no abandono de animais, inclusive nas férias

Izabela Ventura - Do Hoje em Dia
26/01/2013 às 09:18.
Atualizado em 21/11/2021 às 21:11
 (Maurício de Souza/Hoje em Dia)

(Maurício de Souza/Hoje em Dia)

O período de férias está terminando e voluntários de organizações não governamentais e associações protetoras dos animais fecham um triste balanço: constatam um aumento expressivo no abandono de pets nesta época.

As ONGs belo-horizontinas SOS Bichos, Adote um Amigo e Arca de Noé resgatam de 20% a 30% mais cães em janeiro e fevereiro do que no resto do ano.

Renegados
 
Presidente da SOS Bichos, Carla Roberta Magnani percebe que, durante as férias e o Carnaval, há crescimento no número de animais largados nas ruas. Ela acredita que a maioria pertença a pessoas que viajaram e preferiram desfazer-se dos bichos a deixá-los em um local seguro.

Segundo Carla, na zona Sul de Belo Horizonte, por exemplo, as “vítimas” são cachorros de raça, como shih tzu, york shire e labrador. “As pessoas precisam ter consciência de que adquirir um animal é como ter um novo membro na família. Por isso, devem planejar a vida incluindo-os”, diz.

Deixados para trás
 
Há também donos que até têm o cuidado de hospedar o pet em hotéis ou clínicas veterinárias, mas nunca voltam para buscar.

Uma possível justificativa, além da falta de responsabilidade, é o preço das diárias, que para cães pequenos varia de R$ 18 a R$ 45 e para os grandes, de R$ 22 a R$ 65, segundo o site de pesquisas Mercado Mineiro.

Dono de um pet shop com serviço de hospedagem para cães, o empresário Felipe Fonseca está com dois animais “esquecidos” no hotelzinho.
“Os clientes viriam buscar na primeira quinzena de janeiro e ainda não apareceram”, relata Felipe, que afirma lidar com a situação pelo menos uma vez a cada temporada de férias. Ele prefere não citar o nome do estabelecimento para não estimular o abandono de animais no lugar.

Pior para o maior
 
Voluntária da ONG Adote um Amigo, parceira da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Míriam Maciel fica preparada para resgatar mais animais nesta época do ano. Há poucas semanas, ela saía de casa quando socorreu dois cães bem cuidados, que foram abandonados durante a madrugada.

“Atos como esse são uma total falta de amor. Donos assim não pensam no sofrimento de um animal”, opina.

Segundo Leonardo Veloso, médico veterinário e voluntário da ONG, um agravante é que animais domésticos são abandonados, na maioria das vezes, já adultos, faixa em que é mais difícil conseguir quem adote.
 
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