A ausência de faixas de trânsito delimitando as pistas em várias ruas e avenidas de Belo Horizonte tem dificultado a vida dos motoristas. A falta de marcação, em alguns casos uma consequência do recapeamento do asfalto, prejudica a fluidez dos veículos e aumenta o risco de acidentes, sobretudo à noite, quando a visibilidade é menor.
De acordo com o Código Brasileiro de Trânsito (CBT), as faixas divisórias das pistas são obrigatórias em todas as vias. O objetivo é direcionar e orientar os motoristas sobre as condições de uso das ruas e avenidas, bem como delimitar as proibições e sepa[/TEXTO]rações de pistas.
Em Belo Horizonte, falta sinalização em várias vias. Alguns exemplos estão na rua dos Timbiras (entre as ruas São Paulo e Espírito Santo), na Antônio Aleixo (próximo à Praça Carlos Chagas, no Santo Agostinho) e na avenida Brasil (entre rua Pernambuco e avenida Afonso Pena), no bairro Funcionários. Já na rua Santos Barreto, entre avenidas Olegário Maciel e Álvares Cabral, as faixas estão apagadas.
Segundo o presidente da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Fábio Nascimento, a falta de faixas deixa o motorista desnorteado. Ele explica que, ao convergir em uma curva, por exemplo, o condutor pode sair da pista e avançar sobre outro veículo. “O motorista fica sem a noção exata de distância do passeio ou de um canteiro central. Há o risco de colisões. À noite, a situação piora porque a visibilidade é menor”.
Fábio Nascimento avalia que as faixas são essenciais para o bom funcionamento do trânsito na cidade. “Elas ajudam a ordenar o trânsito e, com isso, você fica com melhor noção de quantos veículos estão à sua direita e à sua esquerda”, disse.
Em Belo Horizonte, a manutenção dessas faixas é feita pela BHTrans. De acordo com o órgão, como muitas ruas e avenidas foram recapeadas recentemente, a pintura das faixas está sendo realizada, prioritariamente, nos corredores de tráfego e rotas de acesso aos locais de realização dos eventos relacionados à Copa do Mundo.
Em nota, a BHTrans informou que, aos poucos, todas as vias da capital receberão o serviço. Ainda segundo a empresa, que administra o trânsito na capital, de janeiro a abril deste ano, 40.857 metros quadrados de áreas de vias públicas receberam as demarcações.