Dentro de dois anos, Minas Gerais poderá abrigar o maior centro de reprodução de aves de rapina em cativeiro da América Latina. O espaço está sendo instalado pela ONG SOS Falconiformes, em Marques, distrito de Brumadinho, na Grande Belo Horizonte.

Além das reproduções das aves, o centro também servirá para o desenvolvimento de pesquisas científicas em cativeiro e em campo, a reintegração de animais machucados ou retirados de seus hábitats, além de educação ambiental para estudantes. O espaço vai substituir a atual sede da ONG, que opera em Sete Lagoas, onde abriga 30 pássaros.

Abrigo

Em construção desde o ano passado, atualmente o centro funciona como abrigo para 13 aves de rapina, de oito diferentes espécies. Todas naturais de Minas Gerais e outras regiões do Brasil, estão ameaçadas de extinção.

Entre os pássaros estão harpias, gaviões-pombo, urubus-rei, gaviões-de-penacho e até a imponente águia-cinzenta, que pode chegar até dois metros de envergadura. Segundo o cofundador e diretor técnico da ONG, Carlos Eduardo Alencar Carvalho, o local começa suas operações no próximo ano e depois continuará em expansão. Ao final da obra, o centro terá cinco galpões, que abrigarão até 80 casais de aves. O espaço também contará com um auditório, anfiteatro, alojamento para pesquisadores e um museu.

“A maior parte dos animais que recebemos são de apreensões do Ibama e desalojados de seus ninhos por obras de hidrelétricas. Não conseguimos reintegrá-las na região pela degradação das matas locais”, disse Carvalho.

Os recursos para as obras demandarão cerca de R$ 1 milhão e são oriundos de convênios federais, estaduais, entidades privadas e verbas próprias.Com 15 anos de existência, a SOS Falconiformes já subsidiou com dados para mais de 100 pesquisas científicas.

Mais informações sobre o centro e a ONG podem ser encontradas pelo perfil no Facebook da entidade ou pelo e-mail carlos.carvalho@biocev.net.

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