Aos 81 anos de idade, e com problemas cardíacos que a levam a visitas periódicas ao médico, Estela Trigueiro de Souza, avó paterna de Bruno, não vai ao julgamento que vai definir o rumo da vida do neto nos próximos anos. Os problemas de saúde a impedem de comparecer a sessões que devem durar, pelo menos, dez horas durante três dias.

Assim como fez no ano passado, quando o goleiro ia ser julgado em novembro mas teve o processo desmembrado, Dona Estela vai acompanhar tudo de casa, nas notícias transmitidas pela imprensa. “Estivemos com o Bruno sábado passado, e ele está confiante em Deus que tudo vai terminar bem”, conta Ângela Souza, tia do atleta.

A família se mantém em silêncio sobre as declarações recentes do primo de Bruno, Jorge Luiz Lisboa. Ele já cumpriu medida socioeducativa por participação no crime e disse acreditar que o goleiro tinha ciência que Eliza seria morta. “Não queremos saber nada disso. Não prestamos atenção no que foi dito, nem mantemos contato com ele”, afirma Ângela.


Holofotes

Para garantir à população o acompanhamento de todos os detalhes do julgamento, TVs, rádios e jornais que participarão da cobertura começaram o trabalho no fórum de Contagem há pelo menos uma semana. Ao todo, 68 empresas foram credenciadas e muitas delas estão com as estruturas montadas.

A porta do fórum está cheia de carros de transmissão, barracas, geradores e equipamentos de última geração. Tudo pronto para garantir que, mesmo distante do local do fato, todos possam saber o que se passa no salão do júri onde o goleiro e sua ex-mulher Dayanne Rodrigues conhecerão a sentença. Os holofotes estão voltados para o fórum, onde Bruno entra como réu e sai condenado. Ou livre.

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