Está na pauta da Câmara Municipal de Belo Horizonte desta segunda-feira (16), a construção de um bairro na área o antigo Aeroporto Carlos Prates, desativado em abril do ano passado, com moradias sociais e outros estabelecimentos de interesse público na área. Ainda não há previsão para o início das obras.
No início deste mês, a Prefeitura da capital apresentou a proposta aprovada, na integralidade, pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) de uso da área. No projeto estão 4,5 mil unidades habitacionais, posto de saúde, escola, área de lazer e comércio.
O nome do novo bairro deve ser escolhido por consulta pública - não foi informado quando ocorrerá. A Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana irá promover uma audiência pública para discutir a proposta.
O requerente da reunião, Dr. Bruno Pedralva (PT), afirmou que os movimentos de moradia, do meio ambiente e de saúde querem saber mais detalhes sobre o cronograma de obras, e a audiência é uma oportunidade para que a PBH apresente sua proposta de forma ampla e com detalhes à comunidade.
O antigo Aeroporto Carlos Prates está localizado no Bairro Padre Eustáquio, mas se encontra no limite dos bairros adjacentes. Em julho de 2023, o Executivo apresentou uma proposta urbanística para a área de mais de 500 mil metros quadrados onde, até 31 de maio de 2023, funcionava o aeroporto. O projeto prevê a construção de unidades habitacionais com modelos e tamanhos diversificados para atender a públicos variados. Segundo a PBH, haverá a integração de um grande parque, com equipamentos de lazer e passarelas para transpor o Anel Rodoviário.
O plano inclui a implantação de painéis fotovoltaicos para fornecer energia aos prédios públicos, às áreas comuns dos prédios residenciais e elevadores; a implantação de vias mistas com incentivo à mobilidade ativa e de vegetação para mitigar os efeitos do calor; e jardins de chuva e caixas de captação para zerar consequências da urbanização e da impermeabilização do solo, revertendo os impactos já gerados pelo antigo aeroporto.
O assunto já suscita discussões na Câmara há algum tempo. Recentemente, dois projetos de lei que barravam a iniciativa do novo bairro foram arquivados em reunião extraordinária. No início deste ano, também foi feita audiência pública para discutir as implicações econômicas do fechamento da área. Dentre as críticas de opositores ao projeto estão a diminuição da atividade econômica no espaço, que deixa de gerar empregos e tributos, e a falta de diálogo com moradores da região e bairros vizinhos.