Temperatura máxima em BH hoje pode chegar a 26ºC (Hoje em Dia)
Se a baixa umidade do ar contribui para o aumento dos incêndios, ela também pode ser uma grande vilã para a saúde. O ressecamento das vias respiratórias e o risco de desidratação causam infecções e, dependendo do caso, levam a pessoa à morte.
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O médico José Roberto Siqueira Castro, clínico-geral do Hospital das Clínicas da UFMG, explica que a umidade é um fator essencial para diminuir o potencial tóxico do ar.
Risco elevado
“Dependendo do grau, a pessoa não tem sequer oxigênio para respirar, mas sim o gás carbônico que é justamente o que eliminamos no processo respiratório”, explica.
Os efeitos nocivos para o organismo são imediatos. Um dos primeiros sintomas, segundo o especialista, é a tosse e a irritação das vias respiratórias. Isso acontece porque o ressecamento das mucosas permite a entrada de bactérias que habitam a cavidade nasal. “Se caírem na corrente sanguínea, esses microorganismos podem desencadear um processo longo e grave de infecção”, afirma José Roberto.
Pele
O ressecamento da pele também pode deixar a pessoa desprotegida. O clínico-geral explica que, com o tempo seco, a oleosidade e a hidratação deixam de ser uma barreira de proteção para o corpo humano. A principal orientação do médico é que o banho seja rápido, com água não muito quente e com pouco sabão. Caso contrário, isso pode retirar ainda mais a oleosidade e a hidratação.
“Quando temos barreiras fragilizadas, o problema aumenta. Se a pessoa for idosa ou já tiver alguma doença que cause baixa imunidade, o risco pode ser ainda maior”, completa José Roberto.Editoria de Arte