A cada 24 horas, pelo menos oito passageiros são vítimas de furtos, roubos e importunação sexual no transporte público em Minas. De janeiro a março deste ano foram 715 crimes – mais da metade (408) ocorreu em Belo Horizonte, que tem a maior frota e mais usuários de ônibus e metrô no Estado. Homens e mulheres de 18 a 24 anos são os principais alvos dos criminosos.
O público masculino é o que mais sofre com a ação de ladrões, e o feminino, da mesma faixa etária, o mais abusado dentro dos coletivos. Os números e o perfil das vítimas foram informados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Justiça (Sejusp). Os dados mostram queda nos crimes, em relação ao mesmo período de 2023.
Na semana passada, foi lançada a campanha “Emergência MG no Transporte Público”, que visa conscientizar a população sobre o acionamento das forças de segurança em caso de crimes no transporte coletivo. Além do telefone 190 e ida até unidades policiais, as pessoas podem pedir socorro por meio do site do programa, aplicativo (MG App) e Telegram.
A campanha também vai contar com cartazes afixados dentro de ônibus, estações e terminais do transporte público.
“O registro de qualquer tipo de crime é fundamental para a ação da Polícia Militar. É necessário que os registros sejam realizados mesmo que sejam fatos não concretizados”, afirma o capitão.
Segundo o militar, a corporação trabalha com informação, que ajuda no trabalho de patrulhamento. “Vamos fazer frente dia a dia a essas demandas com campanhas preventivas. A partir do momento que mostramos para a vítima como prosseguir com as ações, podemos prevenir possíveis autores. Estamos monitorando esses crimes alinhados com as demais forças para atuar ainda mais na redução”, acrescentou Jerferson Costa.
Por nota, a Guarda Municipal de BH informou que os motoristas do transporte coletivo podem acionar o botão do pânico, para que a Polícia Militar ou o Corpo de Bombeiros Militar se dirija ao local, imediatamente, de acordo com o caso.
“E para situações de importunação sexual, o condutor pode recorrer ao botão do assédio. A viatura que estiver mais próxima, seja ela da Guarda Municipal ou da Polícia Militar, será acionada para comparecer ao local”.
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