Em apenas um mês, uma quadrilha especializada em roubo de equipamentos eletrônicos deu um desfalque de R$ 500 mil à Prefeitura de São José da Lapa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). No período, cinco escolas públicas foram invadidas e saqueadas. Ao todo, 1.227 netbooks (computadores portáteis) adquiridos para os estudantes foram levados pelos bandidos.

A ocorrência mais recente foi registrada na noite do último sábado. Segundo Boletim de Ocorrência (BO), o grupo criminoso atacou quatro escolas municipais em sequência.

Quatro homens fortemente armados invadiram as unidades de ensino, uma a uma, e renderam os vigias. Com toucas ninja, obrigaram os servidores a revelar onde ficavam armazenados os equipamentos de informática. Um dos vigias relatou que, sob a mira de uma pistola, era ameaçado de morte.

Após arrombar as salas onde os netbooks estavam estocados, todo o material foi transportado para uma van de cor branca. Antes de fugir, o grupo criminoso amarrou e trancafiou os vigias em um sala da última escola saqueada.

Crime recorrente

No último dia 12 de setembro, a primeira escola pública de São José da Lapa foi alvo de bandidos. Na ocasião, 201 netbooks foram roubados.
Nos computadores, com acesso à internet, havia aplicativos com jogos de ciência. A Prefeitura de São José da Lapa contratou empréstimo para comprar 2.079 netbooks, número equivalente ao de estudantes da cidade. A maioria dos computadores foi entregue às escola. Os equipamentos foram comprados em parceria com o governo federal, por meio do Programa Um Computador por Aluno (Prouca).

No início do ano, na escola onde ocorreu o primeiro assalto, foram furtados alimentos da cantina, utensílios e material didático. Os bandidos usaram um caminhão para levar as mercadorias.

Foragidos

Na época, a Polícia Militar garantiu que reforçaria o policiamento na região. No entanto, a quadrilha atacou unidades localizadas em bairros diferentes.
São José da Lapa tem seis escolas municipais beneficiadas pelo Prouca, sendo que cinco foram invadidas e saqueadas.

Responsável pelo caso, o inspetor Amilton Félix, da Polícia Civil, não forneceu nenhuma informação, pois, segundo ele, isso poderia atrapalhar as investigações. Até o fechamento desta edição, nenhum suspeito havia sido preso.
 
Saiba mais sobre este problema nas escolas de São José da Lapa na Edição Digital.

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