A poeta e "heroína da Inconfidência Mineira", Bárbara Heliodora Guilhermina da Silveira foi homenageada na cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência, neste domingo (21), em Ouro Preto. Durante a cerimônia, o museu da Inconfidência recebeu uma porção de terra do túmulo onde a Bárbara esteve enterrada, em São Gonçalo do Sapucaí, no Sul de Minas, desde 1819.
Os despojos foram levados até o Panteão dos Inconfidentes. No local, a lembrança da poeta ficará ao lado de outros inconfidentes, como Tiradentes e o marido Alvarenga Peixoto.
O vice-governador de Minas, Mateus Simões (Novo), disse que a homenagem marca a integração de Bárbara Heliodora dentro do reconhecimento da conjuração: “Durante muito tempo se questionou qual o papel de Bárbara Heliodora no movimento da Inconfidência, e trazer os despojos dela para se juntar aos do seu marido no museu, ao lado dos inconfidentes, mostra respeito e consideração à história de uma mulher que representou muita convicção mineira na defesa da liberdade”.
Mônica Sifuentes, Tribunal Regional Federal da 6ª região (TRF-6), lembra que a ideia de ter Bárbara no Panteão já tinha sido cogitada em 1949, quando o espaço passou a receber a lembrança dos demais inconfidentes.
“Agora a história está recuperando essa participação feminina no movimento, uma participação intensa e forte que possibilitou que o movimento se espalhasse inclusive depois que os principais membros foram condenados, elas tiveram que suportar os efeitos daquela condenação, demonstrando a força e a bravura da mulher mineira”, disse Mônica.
Bárbara Heliodora nasceu em 1759, em São João del-Rei, e foi casada com o inconfidente Alvarenga Peixoto. Membro da aristocracia, a poeta gostava de música e se tornou uma das pioneiras da literatura brasileira.
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