Bares da Fleming são fiscalizados em ação contra possível despejo de esgoto na Lagoa da Pampulha

Da Redação
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27/10/2017 às 18:19.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:25

(Cristiano Machado/Hoje em Dia)

O bares ao longo da avenida Fleming, ponto tradicional da região da Pampulha,  estão sendo fiscalizados por agentes da Prefeitura de Belo Horizonte e da Copasa. A ideia é reduzir o lançamento de esgoto na Lagoa da Pampulha e manter a qualidade da água após a despoluição. É no bairro Ouro Preto onde passa o córrego do Tijuco, um dos oito afluentes que deságuam na lagoa.

Além do alvará de localização e funcionamento, estão sendo verificadas as caixas de gordura, a adequação do dimensionamento, além do correto funcionamento e a ligação dela na rede oficial da Copasa. A expectativa é vistoriar, aproximadamente, 50 estabelecimentos comerciais, entre bares, restaurantes e lava-jatos na avenida. 

Segundo a PBH, nesta primeira etapa, o trabalho tem caráter educativo. Os proprietários recebem uma cartilha da Copasa com orientações sobre a construção e manutenção da caixa de gordura e, caso necessário, notificações para corrigirem as irregularidades encontradas. “Nosso papel neste momento é orientá-los para que os problemas sejam sanados rapidamente. Identificamos nas vistorias iniciais que algumas empresas possuem a caixa de gordura, mas não realizam a limpeza corretamente; outras, apesar de terem a caixa, não estão adequadas à atividade”, afirmou a fiscal Merian Regina Mendes. 

Segundo ela, a falta de manutenção e adequação das caixas de gordura pode, além de provocar entupimentos, dificultar e onerar todo o processo nas estações de tratamento de esgoto. É importante salientar que, ao fazer a limpeza das caixas de gordura, os resíduos retirados devem ser ensacados e enviados à coleta pública da SLU.
  
Outro problema encontrado com frequência é a destinação incorreta da água de lavação das áreas internas dos estabelecimentos.  Ao lavar o salão de um restaurante, por exemplo, aquela água com detergente e sujeira, se lançada no passeio, irá atingir a rede de água pluvial por meio da boca de lobo, chegando ao córrego e, consequentemente, à lagoa, provocando mais poluição.  “A destinação correta é o lançamento na rede de esgoto”, ressaltou.
  
Este trabalho integrado quer garantir a manutenção da qualidade da água da Lagoa da Pampulha, que é um dos pontos de exigência para manter o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. 

Diretora Regional de Fiscalização na Pampulha, Rovena Nacif Martins destaca a necessidade de detectar os tipos de resíduos que estão desaguando no córrego do Tijuco e sua origem. “Conscientizar os empreendedores da importância de evitar o lançamento irregular no córrego é uma responsabilidade da fiscalização, mas o principal resultado que queremos é a queda do volume de substâncias nocivas lançado no córrego do Tijuco e, consequentemente, na Lagoa da Pampulha. Só assim será possível manter a qualidade da água para nós e as futuras gerações”, defende. 

Nas próximas etapas, a meta é ampliar este trabalho para todos os estabelecimentos localizados na microbacia do córrego Tijuco e, posteriormente, para toda a bacia da Pampulha.

* Fonte: PBH

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