R$ 68 mil

Barragem Lagoa do Nado: PBH corre para finalizar relatório e promete recorrer de multa do Estado

Na última terça-feira (26), Governo multou o município pelos danos ambientais causados pelo rompimento ocorrido durante temporal no dia 13 deste mês

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 29/11/2024 às 13:44.
O reservatório que se rompeu tem capacidade para armazenar 63 mil metros cúbicos (Fernando Michel/ Hoje em Dia)
O reservatório que se rompeu tem capacidade para armazenar 63 mil metros cúbicos (Fernando Michel/ Hoje em Dia)

Três dias depois de a Prefeitura de Belo Horizonte ter sido multada pelo Governo de Minas em mais de R$ 68 mil por danos ambientais causados pelo rompimento da barragem da Lagoa do Nado, ocorrido no dia 13 deste mês, o secretário interino de Meio Ambiente da capital, Gelson Leite, informou, nesta sexta-feira (29), que o município irá recorrer da punição.

"A Secretaria de Obras (e Infraestrutura), que é responsável pela gestão das barragens, está finalizando o relatório sobre o que aconteceu ali. Ainda não recebemos o relatório que ocasionou a multa do Governo Estadual. E nós vamos contestar" avisou,

O valor de R$ 68.393,66 inclui R$ 63.356,40 pelos danos à fauna e à flora do parque, que é uma Unidade de Conservação (UC), e R$ 5.037,26 pela ausência de outorga para a barragem de acúmulo de água, documento não apresentado pelo Executivo municipal.

"Nós fizemos os resgates dos animais. A grande perda foi de peixes que eram tilápias que são exóticos, não são peixes nativos da nossa biodiversidade. Então, esperamos o relatório para fazer a contestação e entender o que o Igam (Instituto Mineiro de Gestão das Águas) e os órgãos estaduais usaram para aplicar essa multa à Prefeitura", complementou Gelson Leite, durante Conferência do Meio Ambiente realizado nesta sexta-feira na capital.

O reservatório que se rompeu tem capacidade para armazenar 63 mil metros cúbicos. O problema começou com a água ultrapassando o limite da estrutura, em razão das chuvas intensas, seguido de colapso do corpo da barragem, momento em que ocorreu extravasamento de material. A massa de água desceu pelo Córrego do Nado e, embora contida de forma significativa pela barreira constituída pelo platô de assentamento da Avenida Pedro I, foi escoada pela galeria que transpõe a via, provocando a necessidade de se paralisar totalmente o tráfego de veículos.

No dia seguinte ao rompimento, fiscalização ocorrida no local não conseguiu precisar o total de superfície coberta pela deposição do material, mas estimou-se em pelo menos 4 mil metros quadrados de material sólido (corpo da barragem e fundo do reservatório) que atingiu área de preservação permanente.

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