Cerca de 40 integrantes da Associação dos Barraqueiros da Área Externa do Mineirão (Abaem), estão acampados desde a madrugada desta terça-feira (18), em frente à Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH), na avenida Afonso Pena, no Centro da cidade.
Os trabalhadores estão em protesto pela suspensão do edital para licitação que foi lançado no dia 10 de agosto , com o objetivo de selecionar os comerciantes que irão expor seus produtos no entorno do estádio. Desde esta segunda-feira (17) a PBH está recebendo propostas e os documentos de licitação de quem deseja expor no local.
De acordo com Rafael Bittencourt, da Abaem, mais de 100 famílias que viviam da renda do trabalho como barraqueiro naquela região há mais de 30 anos foram removidas para as obras da Copa do Mundo de 2014. "As famílias estão desde então em situação de vulnerabilidade e o governo até hoje não apresentou nenhuma solução compensatória para essas pessoas", reclamou.
Ainda segundo Rafael Bittencourt, os manifestantes irão permanecer acampados na porta da PBH por tempo indeterminado até que o prefeito Marcio Lacerda os receba e negocie alguma alternativa de trabalho para os barraqueiros.
Proibidas desde 2010, dentro de 110 dias, segundo o edital, novos ambulantes poderão comercializar alimentos como macarrão na chapa, batata frita, feijão tropeiro, além de bebidas como cervejas e água mineral na Feira de Convivência do Entorno do Mineirão. De acordo com a publicação, os vendedores terão permissão para iniciar a montagem das barracas até seis horas antes dos jogos, e deverão encerrar as atividades em até 15 minutos após o início da partida.