Bebê é abandonado na porta de salão e mãe deixa bilhete: "cuidem bem de mim”

Renata Miranda - Hoje em Dia
25/07/2013 às 15:47.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:23

Um bebê de um mês foi abandonado na porta de um salão de beleza no bairro Democrata, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. A menina estava enrolada em mantas ao lado de uma bolsa, quando foi encontrada, por volta de 23h30 de quarta-feira (24), pela auxiliar  administrativa Suzana Nogueira, 33 anos. “Eu e minha filha estávamos em casa e estávamos escutando, havia algum tempo, um choro de criança. Como nós achamos que estava ficando estranho resolvemos sair para ver o que estava acontecendo. Como eu moro embaixo do salão, de cara eu vi a menina enrolada no chão ao lado de uma bolsa”.    Durante a noite, os termômetros registraram mínima de 8,1ºC, com sensação térmica de um grau provocada por um contínuo chuvisco. Por conta disto, Suzana afirmou que o primeiro impulso foi pegar a menina no colo e entrar em casa. Perto da criança havia uma bolsa com roupas e mamadeira, usada pela mulher para alimentá-la com leite quente. Tinha ainda um bilhete escrito em correto português e na terceira pessoa.    O texto pedia para chamar a criança de Ana Clara, informa a idade da menina e que as vacinas próprias para o período foram aplicadas. “Eu já passei por muita coisa ruim. Preciso de carinho e cuidados. Sou uma menina boazinha. Por favor, cuidem bem de mim”.   Tutela   A Polícia Militar foi acionada por Suzana Nogueira. Sem pistas que pudessem identificar a mãe, os policiais levaram o caso para o Conselho Tutelar. O abandono será também investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento ao Menor Vítima.   No início da tarde da tarde desta quinta-feira (25), o caso foi comunicado ainda à juíza Maria Cecília Gollner Stephan. De imediato, Suzana Nogueira, se apresentou para cuidar da menina, o que foi aceita pela magistrada até que seja decidido o destino definitivo da bebê. “Mas se ela for colocada para adoção, eu já sou candidata”, afirma Suzana, informando já ser mãe de uma filha adotiva.   A conselheira, Maria Elizabeth Cândida, informou que a menina permanecerá com a “mãe acolhedora” enquanto tramitar a investigação e o processo judicial. “Quando essa mãe for identificada, ela vai responder por abandono de incapaz, que é um crime grave. Ela pode perder a guarda da criança. E o melhor destino para a menina vai ser definido pela juíza”. 

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