Belo Horizonte fica em penúltimo no ranking de preparação das cidades-sede para a Copa

Hoje em Dia*
Publicado em 10/07/2014 às 19:35.Atualizado em 18/11/2021 às 03:20.
Belo Horizonte ficou em penúltimo lugar no ranking de preparação das cidades-sede para a Copa do Mundo, junto com Cuiabá (MT), Porto Alegre (RS) e Salvador (BA). O dado é de uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), realizada entre os dias 13 e 18 de junho, durante a primeira semana da Copa. Os pesquisadores ouviram 2.558 pessoas de todas as 12 cidades-sede.
 
O objetivo da pesquisa foi mostrar as percepções dos brasileiros sobre como as cidades-sede se preparam para receber o Mundial em relação à saúde, transporte, segurança, estádios e aeroportos. De maneira geral, 74% dos brasileiros a preparação das cidades foi insuficiente. Apenas 12% dos entrevistados acreditam que os preparativos foram suficientes, 11% não acreditam que houve qualquer preparo e 3% não souberam responder ao questionamento. 
 
Curitiba (PR) e Manaus (AM) foram as cidades mais bem avaliadas e ficaram empatadas em primeiro lugar. Já Brasília (DF) ficou em segundo no ranking e Fortaleza (CE) e Natal (RN) ficaram em terceiro lugar. As cidades de São Paulo (SP) e do Rio de Janeiro (RJ) ficaram em último lugar. A economista do SPC, Marcela Kawauti, acredita que São Paulo e do Rio de Janeiro deixaram a desejar nas áreas de segurança pública, saúde e transporte público, o que explicaria o resultado. 
 
Entre os estádios, o destaque vai para a Arena Amazônia (Manaus), Arena Castelão (Fortaleza) e Arena das Dunas (Natal), que receberam a melhor avaliação entre os 12 estádios pesquisados. 
 
Na percepção de 44% dos entrevistados, o item "segurança pública" é o quesito mais importante para determinar se a Copa do Mundo será bem avaliada, tanto pelos brasileiros quanto pelo resto do mundo. Essa impressão é ainda mais forte entre os moradores de Belo Horizonte (54%).
 
E segundo a pesquisa, 8% daqueles que foram aos estádios ao menos uma vez em função do mundial, afirmaram ter sido vítimas de roubo ou furto. Além disso, dentre aqueles que participaram do evento nos estádios, 81% declararam ter tomado algum cuidado extra com seus pertences nos dias das partidas.
 
 
Notas baixas para saúde e transporte públicos
 
Os entrevistados deram notas de um (péssimo) a cinco (ótimo) para a qualidade de itens de infraestrutura das cidades como segurança, limpeza urbana, estádios e aeroportos. De acordo com a pesquisa, saúde e transporte público receberam as piores notas dos entrevistados: 1,9 e 2,2, respectivamente.
 
Os entrevistados mostraram neutralidade em relação a outros quesitos. Foram eles: segurança pública (2,5), limpeza urbana (2,8) e qualidade dos aeroportos (3,0). Por outro lado, os critérios mais bem avaliados pelo público foram o potencial turístico (3,5), o comércio local (3,6), a rede hoteleira (3,7), o setor de bares e restaurantes (3,8) e os estádios (3,9).
 
 
Manifestações
 
A pesquisa também apresenta a opinião dos brasileiros sobre prováveis manifestações durante a Copa. De forma geral, 43% das pessoas ouvidas afirmaram ser favoráveis aos protestos. A aprovação é maior entre os moradores de Fortaleza (51%) e do Rio de Janeiro (50%). Os outros 37% dos entrevistados nas cidades-sede dizem ser contra os protestos.
 
Mais da metade dos entrevistados (58%) acredita que, caso houvesse protestos, isso deve afetaria de forma negativa a imagem do Brasil. Destaque para a capital gaúcha, com 73%, e também São Paulo (SP), com 63%. Apenas 18% dos entrevistados responderam que os protestos teriam impacto positivo na imagem do país. (*Com SPC Brasil)
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