Berilo decreta calamidade diante da pior seca dos últimos 15 anos

Daniel Antunes - Do Hoje em Dia
20/09/2012 às 06:46.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:26
 (Prefeitura de Berilo/Divulgação)

(Prefeitura de Berilo/Divulgação)

GOVERNADOR VALADARES – A Prefeitura de Berilo, no Vale do Jequitinhonha, deve encaminhar ainda nesta semana ao governo estadual decreto de situação de calamidade pública devido à estiagem prolongada.

Segundo o prefeito Lázaro Pereira Neves, essa é a pior seca dos últimos 15 anos. Praticamente toda a zona rural, que concentra 75% da população, sobrevive por meio de água fornecida por três caminhões pipa.

Em março, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) havia homologado pedido de situação de emergência na cidade. Não chove há mais 120 dias na região. “A situação está terrível. Sempre nos preparávamos para a época da estiagem, mas este ano a situação ficou fora de controle”, comentou o prefeito, revelando que córregos e nascentes que nos anos anteriores resistiram à falta de chuvas, este ano secaram.

“Apenas dois afluentes do rio Araçuaí, os ribeirões Gangorras e Capivari, ainda têm um pouco de água, porém está contaminada pelo esgoto e não serve para o consumo”, disse o prefeito, que ontem pela manhã preparava o decreto de calamidade.

Só restaram pedras e areia em três importantes afluentes do rio Araçuaí (Quilombolas, Água Suja e Bemquerer) que abastecem a população rural. A mina d’água usada por 23 famílias que moram no povoado do Palmital também secou. Barragens construídas para enfrentar a estiagem não existem mais. “Pagamos cerca de R$ 8 mil por mês de aluguel para dois caminhões pipas que tivemos que contratar para não deixar os moradores em água”, contou o prefeito.

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