Belo Horizonte, Betim e Contagem, na região metropolitana, estão entre as cidades que vão receber os primeiros lotes da vacina contra a dengue em Minas. Sem doses suficientes para enviar a todas as prefeituras, o Estado irá priorizar os municípios com mais casos da doença confirmados. A lista ainda não foi informada, mas atualmente 156 localidades estão com a incidência "alta ou muito alta". 

Inicialmente, conforme já antecipado pelo Ministério da Saúde, as primeiras doses da vacina serão aplicadas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A expectativa é que a campanha comece em fevereiro. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) aguarda as orientações do governo federal. 

Os menores de 12 anos e os idosos são considerados os mais vulneráveis aos casos graves e mortes por dengue. O imunizante Qdenga, produzido pelo laboratório japonês Takeda, é recomendado para pessoas de 4 a 60 anos. Porém, ainda há restrições da farmacêntica para o fornecimento em larga escala.

A vacina contra a dengue deve ser administrada em duas doses, com intervalo de três meses. Todas as pessoas, mesmo aquelas que já tiveram dengue, poderão receber a vacina.

Em meio à expectativa do início da campanha de vacinação, Minas enfrenta um "periodo endêmico" das arboviroses - doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Pelo 600 cidades mineiras registraram casos de dengue em janeiro. Já são 11,4 mil doentes, com um óbito. Catorze mortes suspeitas são investigadas. A chikungunya também preocupa, com mais de 3 mil notificações. Uma pessoa morreu. 

Nesta terça-feira (23), o Estado informou que irá decretar situação de emergência por conta da dengue, chikungunya e zika. O decreto vai permitir que os serviços de assistência à população sejam contratados de forma mais rápida.

Leia mais:
Disparada de casos de dengue e chikungunya faz Minas decretar situação de emergência em saúde
600 cidades mineiras já registraram casos de dengue em janeiro, mas pico ainda está por vir

Compartilhar