A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) irá investir R$ 300 milhões na troca das lâmpadas convencionais na cidade pelas da de tecnologia LED. A substituição deve começar no início de 2017, com previsão de conclusão em cinco anos. Com o projeto, o prefeito Marcio Lacerda espera economizar pelo menos 45% no consumo de energia elétrica do município.
O contrato de Parceria Público-Privada (PPP) foi assinada nesta quarta-feira (13). Os trabalhos serão feitos pelo consórcio BH Iluminação Pública S.A., formado pelas empresas Barbosa Mello Participações e Investimentos, Remo e Planova. A partir de agora, até o fim do ano, as empresas irão mapear toda a rede de iluminação pública para a troca. Elas também serão responsáveis pela manutenção do novo sistema. Com prazo de concessão de 20 anos, com possibilidade de prorrogação, a PPP vai modernizar a iluminação da capital e implantar um sistema de telegestão, que possibilita o controle remoto das luminárias.
Em contrapartida, será remunerado pela PBH com R$ 4,1 milhões por mês, o que soma R$ 1 bilhão no prazo de 20 anos, para manter a operação e fazer reparos necessários. O pagamento feito pelo Executivo municipal vem da arrecadação com a cobrança da taxa de iluminação pública feita ao consumidor.
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De acordo com Lacerda, esse projeto é inovador e uma grande conquista para a cidade. "Fomos pioneiros nesse projeto, ao fazer essa substituição, estamos também trabalhando para tornar BH uma cidade menos poluída, pois o projeto tem o benefício também socioambiental”.
Conforme Ricardo Simões, secretário municipal de Obras e Infraestrutura da capital, a relavância do projeto é que ele se adeque a todos os pontos de iluminação que recomenda a norma brasileira. “Isso significa dar uma qualidade na iluminação muito melhor do que a que hoje está disponivel”. De acordo com Simões, será estabelecido um cronograma de substituição que ficará pronto no prazo de quatro meses. Ele salienta ainda que a prioridade são as vias principais, de maior movimento como as avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado.
Além disso, o projeto prevê ainda a iluminação de monumentos, fachadas, fontes luminosas, parques e obras de arte de valores histórico, cultural ou ambiental, localizadas em áreas públicas. O Museu da Pampulha e a Casa do Baile, ambos na Pampulha, e a Praça do Papa, na região Centro-Sul, vão ganhar iluminação de destaque. Alguns locais como a Orla da Pampulha, Lagoa Seca (Belvedere) e Praça da Assembleia (Santo Agostinho) já contam com a nova tecnologia.
Atualmente, a cidade tem apenas 2.184 lâmpadas de LED instaladas e o gasto de iluminação gira em torno de R$ 7 milhões.