Pouco mais de duas semanas após o primeiro caso ser confirmado em Belo Horizonte, mais duas pessoas foram infectadas pelo superfungo Candida auris na capital. A prefeitura confirmou os novos registros nesta segunda-feira (14) e destacou que outras 24 pessoas que tiveram contato com os pacientes infectados são acompanhadas.
Segundo a PBH, a investigação é feita pelo Hospital João XXIII, de gestão da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), com acompanhamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).
Com os novos casos, a cidade soma três infecções pelo fungo. O primeiro registro foi em setembro, em um paciente que ficou internado no hospital João XXIII. O homem teve alta no dia 26.
O Hoje em Dia entrou em contato com o Governo de Minas e com a Fhemig. Essa reportagem será atualizada após os retornos.
Saiba mais sobre o “superfungo”
Outros casos já foram confirmados no país. Conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a levedura – tipo de fungo que possui apenas uma célula – causa grande preocupação às autoridades sanitárias por ser resistente à maioria dos fungicidas existentes.
Os organismos do reino Candida são velhos conhecidos da população. Eles causam infecções orais e vaginais bastante comuns nos seres humanos, as candidíases, que são combatidas com fungicidas vendidos em qualquer farmácia.
No caso da candida auris, porém, as infecções têm se mostrado extremamente difíceis de curar. A espécie produz o que os cientistas chamam de biofilme, camada protetora que a torna resistente ao fluconazol, à anfotericina B e ao equinocandina, três dos principais compostos antifúngicos.
A espécie é capaz também de infectar o sangue, levando a casos agressivos e muitas vezes letais. O patógeno também é difícil de identificar, podendo ser confundido, em laboratórios, com outras espécies de Candida.
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