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A cada 24 horas, 914 casos. Essa é a média de confirmações de dengue em Belo Horizonte nos últimos sete dias. O último balanço disponibilizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) mostra que 32.500 pessoas já tiveram a doença na capital em 2019. Apesar dos números ainda lançarem um alerta, a pasta reforça que já é possível perceber redução na comparação com semanas anteriores.
A estatística, no entanto, pode crescer. Outros 54.113 registros suspeitos aguardam o resultado de exames. Um novo óbito provocado pela enfermidade transmitida pelo mosquito Aedes aegypti foi divulgado. Agora são 12 mortes na metrópole. Desse total, oito pessoas que perderam a vida já tinham outras doenças que contribuíram para complicações no quadro de saúde, segundo a SMSA.
Até o momento, o mês mais crítico foi abril, quando 14.468 pessoas foram infectadas. Maio vem na sequência, com 8.703 casos confirmados, seguido por março, com 7.450. O Barreiro é a região com mais registros no município. De acordo com o levantamento da secretaria, são mais de 10 mil casos de dengue na regional.
Chikungunya e zika
Neste ano, há 45 confirmações de chikungunya, sendo que 12 diagnósticos ocorreram dentro da cidade. Dez são “importados” e 23 estão pendentes, com origem indefinida. Há, ainda, 141 registros em investigação para a doença. Com relação à zika, também transmitida pelo mosquito, houve um caso e 106 aguardam exames.
Febre maculosa
Além da dengue, BH também está em alerta para a febre maculosa. A Fundação Ezequiel Dias (Funed) investiga 31 registros da doença na cidade. A situação é mais delicada em Contatem, na região metropolitana. Lá, são 34 casos e quatro mortes. Há ainda um óbito suspeito.
No interior, foram quatro notificações, sendo que duas pessoas perderam a vida. As mortes ocorreram em Faria Lemos e Raul Soares, na Zona da Mata.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) afirmou que acompanha de perto a situação, repassando medidas de prevenção. “As ações de vigilância da doença estão sendo contínuas, monitoradas e com ampla divulgação na região”, informa, em nota.
Transmitida por carrapatos, a febre maculosa é comum em áreas perto de lagoas, matas e no meio rural. Quem esteve nesses locais propícios e teve febre, deve ir a uma unidade de saúde imediatamente. Conforme especialistas, a população deve evitar o contato com o vetor, usar roupas claras de mangas compridas, sapatos fechados e de cano alto, além de inspecionar o próprio corpo.
(Com informações de Renata Evangelista e Anderson Rocha)