As fortes chuvas registradas na Grande BH nos últimos dias não foram suficientes para superar a média histórica de janeiro. No entanto, muito estrago foi causado pelas precipitações. Além da queda de dezenas de árvores e o alagamento de algumas ruas, ontem uma cratera com dez metros de comprimento e quatro de profundidade foi aberta na avenida Heráclito Mourão de Miranda, no bairro Santa Terezinha, na Pampulha.
O buraco interditou a via e causou confusão no trânsito local. A Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) informou que os reparos necessários devem ser concluídos em sete dias. As causas do problema estão sendo avaliadas.
Ocorrências
Segundo levantamento da Defesa Civil, 390 ocorrências foram atendidas neste mês em Belo Horizonte. O número equivale a uma média de 13 solicitações por dia.
Dentre os atendimentos, estão o desabamento de muros, deslizamento de encostas e o surgimento de trincas e infiltrações. O risco de queda de árvores lidera o ranking com 56 chamadas durante o período.
Médias
O volume de chuvas registrado nos primeiros 31 dias do ano não chegou a 80% do que é esperado para o período, segundo dados da Defesa Civil de Belo Horizonte.
Durante o mês, foram 13 dias com precipitação confirmada, mas apenas a tempestade da última terça-feira trouxe um volume significativo, conforme afirmou o meteorologista Heriberto dos Anjos, do Centro de Climatologia PUC Minas TempoClima. “Choveu pouco em muitos dias. Por isso, o volume total do mês ficou aquém do esperado”.
Hoje, segundo o meteorologista, a previsão é que o céu permaneça encoberto durante quase todo o dia, com a possibilidade de pancadas de chuva forte, acompanhadas de raios e rajadas de vento, principalmente nos períodos da tarde e da noite.
Já no restante do Estado, o risco de tempestades fica concentrado nos vales do Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce. “A frente fria que estava sobre Minas já se deslocou para o litoral capixaba”, destaca dos Anjos.