BH tem mais pacientes graves com Covid-19 do que leitos para absorver demanda

Luiz Augusto Barros e Anderson Rocha
horizontes@hojeemdia.com.br
20/03/2021 às 07:43.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:27
 (Marcelo Seabra/Fotos Públicas)

(Marcelo Seabra/Fotos Públicas)

Pela primeira vez desde o início da pandemia, há um ano, a ocupação das terapias intensivas para pacientes com a Covid-19 na rede pública e suplementar de Belo Horizonte ultrapassou 100%. Apesar dos 29 leitos abertos pela prefeitura no SUS, nessa sexta-feira (19), a taxa de internação nas UTIs bateu novo recorde, conforme o boletim epidemioló-gico da prefeitura.

A situação é gravíssima nos hospitais particulares da capital, com mais doentes do que a capacidade disponibilizada pelas unidades de saúde. Conforme o levantamento, 51 pessoas aguardam por vagas – a ocupação atingiu 114,4%. Ou seja, há pessoas dentro dos próprios hospitais aguardando por um leito de UTI, muitas vezes nas enfermarias.

Na rede pública, 89,8% dos 440 leitos já contam com infectados pela doença. Com 45 vagas disponíveis, a Secretaria Municipal de Saúde informou que, até o momento, não houve solicitação formal de internação de pacientes das casas de saúde particulares nos hospitais vinculados ao SUS em BH.

Segundo a PBH, todos os pedidos de internação hospitalar passam pela Central de Internação (CINT), sistema com funcionamento 24 horas, e o quadro clínico do paciente é avaliado por um médico regulador. De acordo com a disponibilidade de vagas, ele é encaminhado para uma unidade de saúde. 

Além do colapso nas UTIs, o uso das enfermaria também cresceu, passando de 80,3% na quinta-feira para 89,7% nesta sexta. Apenas o indicador de transmissão da enfermidade causada pelo coronavírus teve queda, chegando a 1,22%. Com a taxa RT nesse nível, cada grupo de 100 infectados pela Covid tem o potencial de transmitir a doença, em média, para outras 122 pessoas.

Em 24 horas, o número de novos casos confirmados de Covid-19 em BH foi de 2.937, totalizando 130.073 infectados. No mesmo período, oito pessoas perderam a vida por complicações da doença. Desde o início da pandemia, já são 2.988 óbitos registrados na metrópole.

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