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A gigante da mineração anglo-australiana BHP Billiton prometeu novamente nesta segunda-feira (30) toda a ajuda após o rompimento de uma barragem em Mariana, na região Central de Minas, em 5 de novembro, depois que o governo anunciou que exigirá na justiça R$ 20 bilhões para indenizar as vítimas e recuperar os danos e revitalização das áreas atingidas pela tragédia.
A demanda do governo brasileiro, anunciada na sexta-feira (27), tem como alvo a empresa Samarco, responsável pela barragem, que pertence, em partes iguais, a BHP e à brasileira Vale.
A BHP anunciou nesta segunda-feira que está a par do anúncio, apesar de não ter sido notificada de forma oficial. "A BHP confirma seu compromisso de apoiar a Samarco para reconstruir a comunidade e restaurar o meio ambiente afetados pelo rompimento da barragem", afirma um comunicado.
Uma barragem de dejetos de mineração rompeu em 5 de novembro perto da cidade de Mariana e provocou uma inundação de lama no distrito de Bento Rodrigues, uma tragédia que deixou 13 mortos, sendo dois corpos ainda não identificados, e oito desaparecidos.
A torrente de lodo e dejetos percorreu mais de 650 km pelo leito do rio, através dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, e alcançou o Oceano Atlântico, provocando graves danos ambientais.
Em sua passagem, matou milhares de animais, arrasou áreas protegidas e deixou 280.000 pessoas sem água.
Vale e BHP e Samarco anunciaram na sexta-feira a criação de um fundo "voluntário" para recompor a bacia do rio Doce, que tem 228 cidades em suas margens, e cuja flora e fauna foram destruídas.