Diocese de Luz

Bispo mineiro diz que Bolsonaro se comportou como ‘agente de Satanás’ em Aparecida

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
13/10/2022 às 15:51.
Atualizado em 13/10/2022 às 15:57

(Reprodução / Redes Sociais)

O bispo emérito residente da Diocese de Luz, no Centro-Oeste de Minas, Dom Mauro Morelli, disse que o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), comportou-se como ‘agente de Satanás’, durante visita ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida (SP), nesta quarta-feira (12). 

Na avaliação do bispo emérito, o presidente utilizou o evento religioso para ato de campanha e deveria ser preso.

Segundo relatos e vídeos que circulam nas redes sociais, no local, durante as celebrações, apoiadores de Bolsonaro fizeram tumulto, ofenderam jornalistas e funcionários da TV Aparecida, da Igreja Católica, e vaiaram o padre que celebrava a missa em celebração ao Dia de Nossa Senhora Aparecida, após o religioso citar a fome no país. 

Nesta quinta-feira (13), o deputado federal André Janones (Avante), utilizou as redes sociais para responder a declaração de Dom Mauro e afirmou que o objetivo do presidente é transformar a eleição em um "guerra santa".

“Bolsonaro declarou guerra à igreja católica porque o objetivo dele é transformar a eleição em uma guerra santa! Parabéns por se posicionar Bispo! Apesar de não professarmos a mesma  fé, vez que sou evangélico, é obrigação de todos nós, verdadeiros Cristãos, nos levantarmos!”, disse Janones nas redes sociais.

No dia anterior ao feriado religioso, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota lamentando “a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos”. E que os bispos recordam que a "manipulação religiosa desvirtua valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que precisam ser debatidos e enfrentados no país".

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