O Bloco da Esquina encantou foliões na manhã deste domingo (02), em Belo Horizonte, com um desfile que transformou a avenida Andradas em um grande quintal de imaginação e liberdade. Com concentração no bairro Pompeia, o cortejo começou às 8h, trazendo como tema a força e a criatividade das crianças, destacando a importância da proteção da infância e de seus direitos.
Em um dos momentos mais emocionantes do evento, uma intervenção artística deu voz às crianças, reforçando que sua presença é potência e que seu futuro deve ser cuidado. Entre os pequenos participantes, estavam membros das novas gerações da família Brant, além de filhos e filhas de músicos da banda e do bloco, tornando o desfile ainda mais significativo.
Musicalmente, o Bloco da Esquina apresentou novidades que enriqueceram sua já tradicional sonoridade. A banda liderada pelo multi-instrumentista Renato Muringa incorporou instrumentos de sopro, ampliando os arranjos do grupo. Nos vocais, a força feminina se destacou com a cantora Lívia Itaboray, que se juntou a Bárbara Barcellos para dar ainda mais emoção ao repertório do bloco.
A bateria "Fé Cega, Faca Amolada" seguiu pulsando forte, acompanhada pelos tambores mineiros sob a regência de Analu Braga. O ritmo evocou a ancestralidade do congado, reafirmando a identidade cultural das Minas Gerais em um espetáculo de percussão envolvente.
O desfile de 2025 teve como trilha afetiva a canção "Bola de Meia, Bola de Gude", de Milton Nascimento, escolhida como símbolo da celebração. Fiel ao espírito do Clube da Esquina, o bloco mais uma vez uniu carnaval e MPB, provando que a música é semente, sonho e resistência – um verdadeiro abraço em movimento pelas ruas de Belo Horizonte.
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