Bola tenta adiar, mas vai a julgamento por morte de carcereiro

Alessandra Mendes e Pedro Rotterdan - Do Hoje em Dia
05/11/2012 às 21:51.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:54

(Eugênio Moraes)

Há 13 dias do julgamento do goleiro Bruno Fernandes e outras quatro pessoas acusadas de participação na morte da ex-amante do jogador, Eliza Samudio, os advogados de Marcos Aparecido dos Santos, o “Bola”, um dos réus do Caso Bruno, deram uma prévia nesta segunda-feira (5) do que deve ocorrer no júri do dia 19.  O julgamento do ex-policial civil, indiciado pelo assassinato de um carcereiro em maio de 2000, começou com sete horas de atraso, após mais uma tentativa de adiamento por parte da defesa. Mas a medida, considerada pelo promotor como mais uma manobra dos advogados, foi negada pela juíza, que também vai atuar no julgamento de Bruno.   Os advogados Ércio Quaresma e Zanone de Oliveira foram reintegrados à defesa de Bola, juntando-se a Fernando Magalhães, que já estava no caso. Eles alegaram que o julgamento não poderia acontecer por causa da ausência de uma das principais testemunhas e porque prazos legais não teriam sido cumpridos. Mas o promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro classificou os argumentos como uma “ginga” da defesa.   O representante do Ministério Público chegou a pedir a abertura de inquérito policial contra os advogados, por suspeita de falsidade ideológica. Isso porque no dia 24 do mês passado, data marcada para o julgamento de Bola, o único defensor naquele momento, Fernando Magalhães, estava viajando para acompanhar um depoimento. Os outros advogados foram destituídos pelo réu.    Com o retorno de Ércio Quaresma e Zanone de Oliveira, o promotor concluiu que eles nunca saíram do caso e teriam mentido para garantir o adiamento do julgamento. A juíza Marixa Rodrigues entendeu que não havia elementos para a abertura de inquérito, mas manteve a multa de 18 salários mínimos para Fernando Magalhães (pela falta injustificada no julgamento anterior).    Bola, acusado de matar o carcereiro Rogério Martins Novello, teria sido reconhecido pela irmã da vítima. O Ministério Público suspeita que o homicídio tenha sido encomendado, porque os dois não se conheciam. Até o fechamento desta edição, duas das seis testemunhas tinham sido ouvidas e a previsão é de que o julgamento continue na manhã desta terça-feira (6).

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