O protesto que ocorria de forma pacífica na tarde desta quarta-feira (19), no Centro de Belo Horizonte, começa a ganhar novos contornos, deixando revoltados os cerca de quatro mil manifestantes que se reúnem na Praça 7. Pelo menos quatro bombas já foram lançadas no local, comerciantes estão baixando as portas de seus estabelecimentos e pequenos furtos estão sendo registrados.
Para que o movimento não perca força e não seja manchado pelos vândalos, os próprios manifestantes estão indicado para a polícia os locais e as pessoas que estão cometendo crimes. Eles gritam palavras de ordem contra a violência, além de hostilizar quem está arrumando confusão.
No entanto, as confusões são isoladas e a polícia não precisou empregar força para conter a violência. Até as 15h30 ninguém havia sido preso neste quarto dia de protesto e ninguém se feriu.
O Batalhão de Choque informou que cerca de noventa militares estão fazendo a segurança da área central da capital. A corporação disse, também, que os furtos registrados próximo à Igreja São José podem ser "comuns" na região, não tendo relação com a manifestação.
Da Praça 7, parte dos manifestantes seguiram rumo a sede da Prefeitura de BH, que fica a 100 metros do coração da cidade. Viaturas da PM estão acompanhando o movimento e abrem espaço para os populares. Por causa do protesto, o trânsito está parcialmente interditado em várias vias do Centro.
Programação do ato
De acordo com informações divulgadas por meio do Facebook, a programação de rota dos manifestantes é sair da avenida Afonso Pena em direção à Praça da Estação, na avenida Andradas. Em seguida, ir até a avenida Cristiano Machado, onde outro ato está marcado. Também há informações de que o grupo passe pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na tentativa de chamar a atenção de parlamentares sobre as questões reivindicadas. É válido lembrar que o movimento desta quarta na Praça 7 não foi previsto na última reunião realizada pela Copac (Comitê Popular dos Atingidos pela Copa 2014).
Os temas vão desde à redução do preço da passagem de ônibus até os altos investimentos na construção de estádios para a realização da Copa das Confederações e do Mundo, em 2014.