A sargento do Corpo de Bombeiros, Fernanda Ferreira Patrocínio, de 33 anos, foi enterrada na tarde desta sexta-feira (19) com honrarias militares. Ela morreu na última quinta-feira (18), após o combate a um incêndio em um apartamento na Savassi, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
A cerimônia de despedida da oficial ocorreu no Cemitério Parque Renascer, em Contagem, na Grande BH. Antes do sepultamento, como homenagem a militar, os colegas de trabalho dispararam 21 tiros. O caixão de Fernanda foi coberto pela bandeira do Brasil.
A morte da militar, que era casada com um soldado do 2º Batalhão da mesma corporação, teria ocorrido depois que ela sofreu uma parada cardiorrespiratória. A sargento, encontrada inconsciente dentro do elevador do edifício, trabalhava há pelo menos quatro anos e era lotada no 1º Batalhão.
Oficiais que estavam no local do incêndio garantiram que ela usava todos os equipamentos de proteção, inclusive máscaras para evitar a inalação de fumaça tóxica. Por meio de nota enviada à impresa, a corporação lamentou o óbito. "O Corpo de Bombeiros externa o seu pesar pela perda da combatente no nobre exercício de sua missão e afirma que prestará todo o apoio necessário aos familiares."
Uma investigação interna do Corpo de Bombeiros será instaurada, assim como um inquérito policial.
Incêndio
A militar e outros bombeiros atuaram no combate às chamas em um apartamento no 8ª andar do Condomínio Residencial Solar das Águias, na rua Tomé de Souza, altura do número 1.400. O fogo teve início, no meio da tarde, em um ar condicionado, que apresentava defeito. Os focos atingiram apartamentos vizinhos ao 802, porém o incêndio não demorou para ser controlado e logo foi dado por encerrado, sendo considerado de pequena proporção.
Por volta das 18 horas, quando moradores se preparam para voltar às suas casas, um deles encontrou Fernanda inconsciente dentro do elevador do prédio de 11 andares. Apesar do clima de tensão e comoção, os próprios colegas tentaram reanimar a sargento, mas ela não resistiu. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também chegou a ser acionada e constatou o óbito.
O local foi interditado pela Defesa Civil e nesta sexta-feira estava marcada uma nova vistoria para a total liberação do prédio. Quanto ao prejuízo sofrido pelo dono do imóvel, o valor não foi calculado.