Bombeiros de Governador Valadares alertam contra afogamentos

Daniel Antunes - Do Hoje em Dia
07/01/2013 às 10:27.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:21
 (Leonardo Morais)

(Leonardo Morais)

GOVERNADOR VALADARES – O número de mortes por afogamento em Governador Valadares deixa o Corpo de Bombeiros em alerta. Balanço parcial divulgado pela corporação revela que 22 pessoas morreram em lagos, córregos e rios da região de janeiro a outubro do ano passado. As estatísticas devem aumentar com as ocorrências de novembro e dezembro. Apenas nos dias 15 e 16 do mês passado mais dois casos foram registrados.

No dia 17, no mesmo momento em que o Corpo de Bombeiros emitia um alerta para os banhistas, uma equipe do Samu tentava salvar uma criança que caiu no rio Doce e foi retirada das águas turvas com vida.

Calorão

Com a chegada do verão, o calor aumentou e, nas férias escolares, cerca de 60% das ocorrências são relacionadas a afogamentos.

“Mais de 80 % dos casos de afogamento que atendemos são relativos a homens com idade até 28 anos”, diz o capitão Daniel Josias Ribeiro, que já tem em mãos o Plano de Chamada para o verão.

Prevenção

O documento traça estratégias para atendimento a vítimas de afogamento nesta época do ano e ocorrências relacionadas ao período chuvoso.

“É um alerta para atender anormalidades. Dependendo do volume de chamadas, podemos transferir para o setor operacional militares que estão exercendo funções administrativas e até de folga”.

De 2006 a 2011, a corporação registrou 178 mortes por afogamento na região.

“Não temos locais mapeados com maiores incidências. Como são vários os pontos usados por banhistas em cachoeiras, lagoas, córregos e rios, as ocorrências são pulverizadas e temos tentado fazer o alerta por meio de ações preventivas em clubes e escolas”, afirma o capitão.

Número de socorristas não é suficiente para atender a região

Sem efetivo suficiente, o Corpo de Bombeiros informou que as fiscalizações em balneários só ocorrem quando solicitadas por prefeituras e clubes. Em Governador Valadares, a corporação conta com 115 militares, que atendem ainda às emergências em 32 municípios da região.

“É impossível estarmos em todos os locais. São muitos os pontos usados por banhistas”, diz o capitão Daniel Josias.

No entanto, o comandante afirmou que, devido ao forte calor, devem acontecer blitz educativas onde há maior concentração de pessoas.

Prevenção

A principal orientação é evitar o uso de bebidas alcoólicas antes de entrar na água. Conhecer o local do banho e evitar saltos, que podem ocasionar acidenteS graveS, também são medidas importantes.

Já as crianças devem sempre estar acompanhadas dos pais e, ainda assim, utilizar equipamentos flutuantes, como boias nos braços.

“Com o verão e as temperaturas cada vez mais altas, é comum que as pessoas se refresquem em rios e lagos. É preciso tomar muito cuidado porque o risco de afogamento nesses locais é grande”, alerta Daniel.

Em fevereiro, durante o Carnaval, os bombeiros devem iniciar a Operação Veranico, com equipes de resgate nos pontos onde os foliões tradicionalmente se concentram, como a prainha de Tumiritinga e cachoeira Véu de Noiva, no distrito de Santo Antônio do Porto.
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