Na busca pelo presente perfeito para a filha de apenas 1 ano e 5 meses, o bancário Paulo Roberto Gonçalves, de 32 anos, tem um verdadeiro check list a seguir. As regras não estão ligadas apenas ao preço ou à escolha da pequena Ana Clara, encantada em meio a tantas opções, ainda mais tentadoras nesta semana que antecede o Dia das Crianças. A segurança é item fundamental na hora da escolha de Paulo Roberto e de outros pais, que têm razões de sobra para se preocupar. Os produtos infantis lideram o ranking nacional de acidentes de consumo.
À frente de itens como eletrodomésticos, embalagens e alimentos, os brinquedos e artigos para crianças representam 15% de todos os acidentes de consumo registrados, de acordo com o Inmetro.
“Sempre olho nas etiquetas a faixa etária indicada pelo fabricante e se foram feitos testes de segurança. Um presente inofensivo pode esconder grande risco para nossos filhos”, relata o bancário.
Riscos que vão desde lesões mais leves a problemas graves de saúde. A pesquisa do Inmetro aponta que, na maioria dos casos (21%), os acidentes provocam cortes na crianças, seguidos de arranhões (18%) e pancadas (17%). A lista ainda tem quedas, alergias e sufocamentos.
Para evitar acidentes, os cuidados vão além da simples conferência do selo do Inmetro, que fica anexado às embalagens.
“Procuro fazer uma análise minuciosa do brinquedo. Não é toda loja que permite abrir, mas olho mesmo através do plástico porque não é raro comprar algo com indicação para determinada idade e encontrar peças pequenas que a criança pode engolir”, explica a advogada Alana Lúcia de Oliveira, de 34 anos. Mãe de dois meninos, de 5 e 2 anos, ela procura se precaver de situações que assustam qualquer casal.
“Conheço muitos pais que passaram por situações difíceis porque os filhos comeram peças pequenas ou se furaram com partes pontiagudas”, confirma o bancário Paulo Roberto.
As crianças ainda estão vulneráveis a acidentes com outros itens que aparecem na lista do Inmetro.