Busca por tratamento contra o crack sobe 78% em Minas Gerais

Gabi Santos - Do Hoje em Dia
07/09/2012 às 11:26.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:05
 (Samuel Costa)

(Samuel Costa)

Paralelamente ao avanço do uso do crack pela população brasileira, cresce o número de internações em clínicas de reabilitação. Em Minas Gerais, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), os atendimentos registraram avanço de 78% entre 2010 e o ano passado – de 1.759 para 3.136. O órgão ainda não tem disponíveis dados atualizados de 2012, e o universo de usuários em Minas ainda é desconhecido. Na cracolândia do bairro Lagoinha, na saída do aglomerado da Pedreira Prado Lopes, na capital, os próprios frequentadores atestam o crescente número de usuários, inclusive mulheres, adolescentes e até idosos.   Um dependente de crack ouvido na última quinta-feira (6) pela reportagem afirmou que o número de pessoas que frequentam o local aumenta a cada mês, com a frequência de menores, mulheres e até idosos.   O Brasil é o maior mercado mundial do crack e o segundo maior de cocaína, segundo estudo divulgado na quarta-feira pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Estima-se que 20% do consumo da droga esteja concentrado no país.   Análise   Segundo o psiquiatra Helian Nunes, da Diretoria Científica da Associação Mineira de Psiquiatria, estudos relacionam o envolvimento de adolescentes com as drogas a conflitos familiares e ao acesso facilitado ao entorpecente. “Jovens sem uma estrutura de convívio e de suporte adequados podem ser mais vulneráveis”, diz.   A Polícia Militar poderá participar de uma blitz com representantes de outros setores, incluindo de áreas da saúde e da assistência social, para atuar nos locais de consumo de crack e outras drogas.   Um desses pontos seria o viaduto da avenida Antônio Carlos que dá acesso ao aglomerado da Pedreira Prado Lopes.

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