Cabo da PM é preso por auxiliar quadrilha de roubo a banco

Carlos Calaes - Hoje em Dia
22/08/2013 às 21:19.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:14

Sete de 15 integrantes de uma quadrilha de roubo a banco, que agia sob orientação de um policial militar, foram presos na Operação Midas, do Departamento de Operações Especiais (Deoesp).

O cabo Gilberto Francisco da Cruz, o “Gilberto Bomba”, foi detido em flagrante na Academia da Polícia Militar. Preso em sala de aula, ele, que tem 29 anos de carreira, fazia um curso para se aposentar como sargento.

Segundo o chefe do Deoesp, delegado Wanderson Gomes da Silva, a quadrilha conseguiu realizar grandes assaltos graças à orientação do militar, que se utilizava de rádio comunicador para repassar os passos das polícias Militar e Civil.

Histórico

A quadrilha vinha atuando desde o ano passado. Além de bancos, escritórios da cooperativa de crédito Sicoob, em Paraopeba, Caetanópolis e Lagoa da Prata, foram atacados. Em um assalto à Ambev, em Mateus Leme (RMBH), a quadrilha roubou R$ 340 mil. Ao todo, o grupo pode ter causado um prejuízo superior a R$ 1 milhão.

Foram presos também Gilmar de Souza Meira, o “Paulista”, Pedro Afonso Fernandes, Leonardo Baroni Gonçalves, o “Gordinho”, Bruno de Souza Santos, o “Leitão”, Expedito Aparecido Gonçalves, o “Barriga”, Marcílio Gallo, o “Zezé”, e Alef Maik da Silva. Outros sete suspeitos estão foragidos.

Em uma das gravações da Polícia Civil autorizadas pela Justiça, que foram divulgadas à imprensa nesta quuinta-feira (22), o militar conversa com Paulista durante um assalto e pergunta: “Já estão cortando?”, em referência ao cofre. O cabo alerta os comparsas para ficarem “de olho no cara da motinha” – militar que fazia a patrulha no entorno do local.

O porta-voz da corporação, Luiz Alberto Alves, lamentou que as evidências apontassem para a participação de um membro da instituição no grupo de criminosos.

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