Veja como se prevenir

Calor e chuva aumentam risco de acidentes com animais peçonhentos, alerta HPS

Da Redação*
horizontes@hojeemdia.com.br
Publicado em 08/09/2023 às 13:38.

(Fernanda Moreira Pinto/Divulgação)

A onda de calor em pleno inverno, com temperaturas acima dos 30°C desde o mês passado e chuvas frequentes, potencializa os riscos de acidentes com escorpiões. O alerta é do Hospital de Pronto Socorro (HPS) João XXIII, referência no socorro de pessoas picadas por animais peçonhentos.

Até agosto, a unidade da capital atendeu 1.051 casos, média de quatro pacientes por dia.

A combinação de tempo quente e precipitações aumenta o perigo porque é nessas épocas que os bichos saem em busca de lugares secos para se abrigar, ampliando a probabilidade de estarem nas casas. Quem for picado precisa de avaliação médica urgente, reforça o coordenador da Toxicologia do HPS, Adebal Andrade Filho.

“Em algumas situações, a evolução para um quadro grave pode ser rápida”, afirma o médico. “Os acidentes são mais comuns em áreas urbanas e o cuidado deve ser intensificado para que não entrem em casa. É recomendado usar telas metálicas nos ralos, manter a limpeza de áreas externas e utilizar rodo vedador de portas”.

O especialista também chama a atenção para os casos envolvendo outros animais peçonhentos, como as cobras. Em relação às serpentes, foram 492 atendimentos até agosto. Segundo ele, situações de risco podem ser evitadas. 

“Os acidentes com serpentes ocorrem geralmente em jardins, quintais e plantações. As regiões do corpo mais atingidas são mãos, braços, pés e pernas. Por isso, o uso de equipamentos de proteção, como botas e luvas de raspas de couro, é importante e previne 80% dos casos”. 

O médico destaca a importância de identificar o animal. “A primeira providência é afastar a vítima do animal peçonhento. Se possível, fotografá-lo, para que possa ser identificado pela equipe que atenderá o paciente. Caso seja capturado, é importante levá-lo, em segurança, para o local de atendimento. Tais procedimentos tornam o tratamento mais ágil e seguro”, explica o especialista. 

Em caso de acidentes, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Minas Gerais (CIATox MG), vinculado do João XXIII pode ser acionado para orientações sobre os primeiros socorros até o encaminhamento à unidade de saúde. 

Os telefones do centro são (31) 3224-4000, 3239-9390, 3239-9308 ou 0800-7226001.

* Com informações da assessoria da de comunicação da SES

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