Um novo aliado no combate a incêndios florestais foi apresentado na quarta-feira no Parque Estadual Serra do Rola-Moça, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. São três caminhonetes com tração nas quatro rodas, adaptadas para transportar até 700 litros de água, capazes de chegar, com rapidez, a lugares inacessíveis para caminhões-pipa.

Os ajustes nos veículos foram desenvolvidos por técnicos da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda). Além de transportar água, cada veículo pode carregar cinco brigadistas.

Somando a extensão das mangueiras e o impulso da bomba, a água tem alcance de até 120 metros. Superintendente executiva da Amda, Maria Dalce Ricas destaca a importância do equipamento. “A topografia de Minas Gerais é muito acidentada, e os caminhões são pesados e lentos.

Agilidade para chegar próximo à linha do fogo é fator determinante para o êxito nas operações”, afirma. Além disso, o maior poder de combate torna o trabalho dos brigadistas menos cansativo.

Êxito

Nos primeiros testes, as caminhonetes adaptadas tiveram agilidade 50% maior que a dos caminhões. Com tração 4x4, Maria Dalce acredita que, em alguns casos, os veículos podem substituir as aeronaves.

Gerente do Parque Estadual Serra do Rola-Moça, Marcus Vinícius de Freitas está confiante na eficácia das caminhonetes. “Estamos na terceira maior unidade de conservação em área urbana do país. Focos de calor e incêndios são inevitáveis, mas o que importa é que a menor área possível seja queimada. Para isso, dependemos da ação rápida dos brigadistas, com ferramentas adequadas”, afirma.

Segundo ele, em 2012, houve redução de 90% nos focos de incêndio no parque, em relação ao ano passado. Ele atribui a queda às ações de prevenção e a parceria com entidades ambientalistas.

Outras áreas

Além do Rola-Moça, outros parques estaduais serão beneficiados. “Estaremos atuando no Vetor Sul, que abrange as áreas de Igarapé a Ouro Branco”, afirma o coordenador de brigadas e bombeiro civil Pedro Alves Salgado. Os veículos ficarão em áreas estratégicas.

Para desenvolver o equipamento, foram gastos R$ 96 mil na compra de cada caminhonete e R$ 16 mil na adaptação do veículo.

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