Piscinas infláveis, música, venda de livros e roupas de banho. O calor que chegou a 34 graus na tarde deste domingo (22), em Belo Horizonte, deu o tom e levou muita gente a participar do “Dia Mundial Sem Carro”, na Praça da Estação, centro da capital.
A campanha “Tarifa Zero é Mais”, organizada pela “Assembleia Popular Horizontal de Belo Horizonte”, pretende recolher 95 mil assinaturas para endossar a proposta de um projeto de lei aos vereadores sobre a criação do Fundo Municipal de Mobilidade Urbana. Na prática, a ideia é banir a cobrança de tarifa no transporte público urbano.
“A proposta é que o ônibus seja pago por toda a sociedade e que seja extinta a tarifa”, confirmou Roberto Andrés, um dos coordenadores da ação. As empresas concessionárias seriam remuneradas por meio do fundo a ser criado e bancado pelo contribuinte da capital.
No último sábado, o mesmo movimento já havia tomado a prefeitura para receber um dos mais fortes apoiadores da causa, o professor universitário paulista Lúcio Gregori, que defende a interrupção da cobrança da passagem de ônibus em todo o Brasil.
Neste domingo, outros menos engajados também participaram. “Estou aqui por causa da ‘praia’. Me disseram que esta é a praia da cidade”, revelou, com bom-humor, o alemão Benedikt Wiertz, levado à praça por um grupo de amigos brasileiros.
Sol e cidadania
Além do sol a pino – que levou os vendedores ambulantes de cerveja e sorvetes a aumentarem a clientela –, o que sobressaía no encontro era a liberdade para se manifestar. “Não queremos impor nada a ninguém. A ideia é que todos venham se colocar como cidadãos, declarou Yolanda Reistefull, estudante de arquitetura.