(Maurício de Souza)
O número de câmeras de monitoramento do Olho Vivo presentes em Belo Horizonte deve aumentar 182%. A instalação da maior parte dos novos 294 equipamentos será de responsabilidade do município. O prefeito Marcio Lacerda promete assinar, ainda nesta semana, o contrato de implantação de 180 câmeras na cidade. O anúncio foi feito durante encontro com lideranças de Venda Nova, na última sexta-feira.
Os atuais 161 dispositivos de vigilância estão divididos pelo hipercentro, Savassi, Barro Preto, Praça da Liberdade e região Noroeste da cidade. No entanto, a prefeitura se comprometeu a levar o projeto Olho Vivo também às regiões do Barreiro e Venda Nova, além dos bairros Floresta e Cidade Nova.
Os outros 114 equipamentos serão instalados pelo governo do Estado, próximos à Cidade Administrativa e no entorno dos estádios Independência e Mineirão, segundo informações da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Ao todo, a cidade terá 455 câmeras do Olho Vivo.
Sem resposta
Às 10h07 da última segunda-feira (20), o Hoje em Dia fez o primeiro contato com a Secretaria Municipal de Segurança Urbana da Prefeitura solicitando mais informações sobre a implantação dos dispositivos. No entanto, até o fechamento desta edição, nenhuma fonte foi disponibilizada para detalhar o projeto.
A chegada de câmeras de monitoramento em Venda Nova atende a uma antiga reivindicação dos moradores da região, que, desde 2007, solicitam às autoridades melhorias na segurança pública. “A tendência é a violência migrar para os locais onde não há sistemas de vigilância. Por isso, estamos aliviados com a notícia”, afirmou o diretor da Associação Comercial de Minas em Venda Nova, Agmar Sousa.
Para ele, as avenidas Érico Veríssimo e Vilarinho e as ruas Padre Pedro Pinto e Doutor Álvaro Camargos deveriam ter prioridade. “Além de serem as principais vias de acesso, concentram grande número de estabelecimentos comerciais”, justifica Souza.
Detalhamento
O comandante do policiamento da capital, coronel Rogério Andrade, explica que, para a instalação das câmeras, são levados em consideração as áreas mais violentas. A promessa de câmeras do Olho Vivo no Floresta também foi bem recebida pela gerente de loja Fabíola Rodrigues Boaventura. “Nossa lanchonete fica aberta até as 21h e sentimos medo todos os dias”.