MONTES CLAROS – Uma casa de shows clandestina localizada no primeiro andar de um prédio da principal avenida de Montes Claros, no Norte de Minas, foi fechada na noite de sexta-feira (1º), pelo Corpo de Bombeiros, Policia Militar e Defesa Civil Municipal. O estabelecimento funcionava com alvará de academia de dança de salão.
O Núcleo de Dança Zirleide Souza servia, na verdade, de fachada para um “forrozão” e, na hora da vistoria, acontecia uma apresentação no local. Na mesma noite, outras boates da cidade também foram vistoriadas.
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O Ministério Público determinou a interdição de 17 boates e casas noturnas na cidade. O tenente Luiz Paulo de Araújo, comandante da Companhia de Prevenção do 7º Batalhão de Bombeiros Militares explicou que a casa clandestina só tinha uma porta de acesso à escada, caso precisasse de uma rota de fuga, e ainda faltava extintor de incêndio. O local, muito abafado, tem seis ventiladores espalhados na área de 60 metros quadrados.
O empresário José de Souza, responsável pelo estabelecimento, explicou que ali sempre funciona uma academia de dança, mas que nos últimos três meses passou a realizar um forrozão por mês, reunindo principalmente grupos da terceira idade da região. Ele demonstrou interesse em regularizar o funcionamento, mas ainda avaliará os impactos.
Fiscalização
A Força Tarefa iniciou a fiscalização nas casas noturnas e boates de Montes Claros por volta dass 20h30. A Boate Vilarejo estava aberta, mas os proprietários mostraram que o engenheiro realizava naquele momento os estudos das medidas a serem adotadas para cumprir a lei municipal.
Na boate Mansão, o pré-carnaval foi suspenso e os donos alegam que tomou um grande prejuízo, pois já tinham pago o cachê de todas as bandas. Eles adiaram o pré-carnaval para a próxima sexta-feira (8), quando se inicia a folia no Brasil, mas reclamam que 48 pessoas ficaram sem trabalhar naquela noite. Uma porta de saída para o estacionamento chegou a ser aberta, mas o Corpo de Bombeiros reclamou de outros itens, como sinalização de rota de fugas.
A suspensão do show gerou indignação. Alguns clientes já estavam na entrada, com o ingresso nas mãos, e pediram a devolução do valor pago. Elas denunciaram que até às 16 horas os ingressos estavam sendo vendidos.
Na boate Novo Skalla, que fica ao lado e foi liberada para funcionar, o Corpo de Bombeiros quase mandou interditar: foram espalhadas mesas e cadeiras na área externa, descumprindo o que constava no projeto. O clima ficou tenso, mas foi contornado depois que os empresários retiraram as mesas e cadeiras.
Nas boates Saint Tropez, Mr Pub, Madre e Visual, a fiscalização constatou que as atividades estavam suspensas, com as portas fechadas. A Madre estava com a porta aberta, mas o Corpo de Bombeiros comprovou que estavam apenas fazendo arrumações.