MONTES CLAROS – Casas construídas em condomínios de luxo ao pé da Serra do Mel, em Montes Claros, correm risco de serem atingidas por deslizamentos de terra. É o que aponta laudo do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão vinculado ao Ministério das Cidades.

Em 2009, algumas residências já haviam sido afetadas por desmoronamentos alagamentos. Relatório do Cemaden informa que intervenções em encostas íngremes, mesmo que pequenas, podem desestabilizar os terrenos e condicionar processos erosivos e movimentos de massa. “É recomendável que haja restrições legais à ocupação, impedindo a expansão da malha urbana para áreas de risco”, diz o documento.

O centro de monitoramento pede ainda que seja feito estudo específico sobre a capacidade de carga e vida útil da barragem da Copasa na Serra do Mel, para evitar rompimentos.

Áreas carentes

O mesmo alerta sobre a restrição da expansão urbana vale também para vilas e favelas construídas em outras encostas da cidade. Na Vila São Francisco de Assis, conhecido como Morro do Frade, existem moradias instaladas a partir do corte vertical do terreno, potencializando deslizamentos.
Ainda na Vila São Francisco, foi observado por técnicos do Cemaden a existência de grandes rochas em uma pedreira de extração de calcário desativada. “O material pode facilmente se desprender e atingir as construções na base do morro”, diz o estudo.

Sem retorno

A Prefeitura de Montes Claros foi oficializada sobre o estudo, mas informou que as recomendações do órgão vinculado ao Ministério das Cidades só poderão ser analisadas pela próxima administração municipal.

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