testes positivos em alta

Casos de Covid sobem em BH; internações e óbitos não se alteram mas médico alerta sobre vacinação

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
10/11/2022 às 21:01.
Atualizado em 10/11/2022 às 21:10

Testes positivos para a Covid dobram em BH, em duas semanas e médico alerta sobre importância da vacinação contra a nova subvariante (Rafa Aquiar / Câmara Municipal de BH / Divulgação)

O índice de testes positivos de casos de Covid-19 realizados na rede pública de Belo Horizonte passou de 3% para 6%, em um intervalo de duas semanas, informou a prefeitura nesta quinta-feira. 

O fenômeno, segundo a administração municipal, tem sido registrado em vários estados, onde há aumento na intensidade de transmissão do coronavírus.

E, a princípio, ainda de acordo com as autoridades de saúde da rede municipal, o aumento é atribuído à circulação de duas novas variantes do vírus Sars-Cov-2, que também provocam picos de transmissão em países da Europa, no Japão e nos Estados Unidos.

De acordo com a PBH, até o momento, a incidência de casos acumulados nos últimos 14 dias, continua abaixo de 20 por 100 mil habitantes.

A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMS) reitera que faz o monitoramento sistemático dos indicadores relacionados à Covid-19. E destaca que o crescimento do número de casos confirmados da doença não impactou a demanda por internações hospitalares, leitos de UTI e no coeficiente de mortalidade por Covid-19.

A explicação pode estar na cobertura vacinal, explica o médico infectologista Unaí Tupinambás, que integrou o comitê de combate à pandemia da PBH.

“O que a gente tem observado nessas variantes todas, desde a Ômicron, Delta, Gama e, agora, da BQ.1, é que quando ela infecta pessoas que já tomaram vacinas - 2,3 ou mesmo 4 doses, o quadro tende a ser mais brando. No entanto, se ela infecta uma pessoa que não foi vacinada, esse quadro pode ser muito grave”, afirmou.

Ainda segundo o especialista, é muito importante neste momento, diante do surgimento da subvariante que tem uma alta taxa de transmissão e uma capacidade de evadir do sistema imune, que as pessoas que são elegíveis para tomar a quarta dose que o faça imediatamente”, alerta o médico.

Cobertura vacinal

Em BH, até o momento, de acordo com a SMS, apenas 37,2% das pessoas com 40 anos e mais não procuraram os postos de vacinação para a segunda dose de reforço. No caso de crianças de 3 a 4 anos de idade, o índice é de somente 23,4%.

A prefeitura lembra que a convocação das pessoas abaixo de 40 anos para a segunda dose de reforço depende da determinação do Ministério da Saúde e do envio de novas remessas de vacinas. 

Unaí Tupinambá lembra que o público com a saúde mais vulnerabilizada, como, por exemplo, idosos que tenham doenças crônicas mais graves, precisa tomar as doses de reforço e atualizar o calendário vacinal. “É importante que as pessoas tomem a quarta dose, o mais rápido possível, porque ela protege ainda mais”, reforçou o infectologista.

Testagem

Além da vacinação, a prefeitura destaca outro aspecto que considera fundamental para que permite o controle da pandemia: a testagem laboratorial, especialmente para as pessoas com sintomas compatíveis com a Covid-19.

É por meio da análise dos resultados que as autoridades de saúde conseguem quantificar a transmissão e a identificação da circulação de novas variantes do vírus na cidade.

Na capital, pessoas com dor de garganta, tosse, coriza, febre podem agendar a realização do teste no portal da PBH. Os exames são realizados em vários pontos da cidade. A marcação ocorre em no máximo 24 horas após a solicitação e o resultado é liberado imediatamente após a coleta do material. 

Uso de máscaras 

Unaí Tupinambás lembra que é preciso reforçar métodos de prevenção para evitar a contaminação pelo coronavírus. “Que voltem a usar máscaras em locais fechados. A gente viu que houve uma morte em São Paulo, por conta dessa variante, uma pessoa idosa”, lembrou.

Outras medidas de prevenção, adotadas nos momentos mais críticos da pandemia e que foram flexibilizadas após a queda no número de casos, como o isolamento de pessoas com suspeita de contaminação, a adoção rigorosa da etiqueta respiratória para minimizar a transmissão e a higienização das mãos, associadas às situações em que o uso de máscaras são recomendadas, destaca a PBH. 

6 meses a 2 anos

Nesta sexta-feira (11), a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) recebe o primeiro lote de vacinas destinadas à imunização de crianças de 6 meses a 2 anos de idade, com comorbidades.

De acordo com o governo do estado, o Ministério da Saúde disponibilizará, inicialmente, um lote com 95 mil doses do imunizante Pfizer-BioNTech para atendimento deste público. O quantitativo será destinado para aplicação das três doses da vacina recomendadas para esta faixa etária.

Unaí Tupinambá alerta que é preciso ampliar a vacinação das crianças, que está muito baixa. “Principalmente, agora começando a faixa de seis meses até dois anos de idade. Então, neste momento, é precoce falar que é uma variante mais branda, não dá pra falar isso. Ela é mais branda nas pessoas que já tiveram a infecção passada ou que têm o calendário vacinal completo”, finalizou.

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