Em apenas uma semana, Belo Horizonte registrou aumento de 17% nos casos confirmados de dengue. Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde nesta quarta-feira (17). Segundo o balanço, há ainda outros 15.331 casos pendentes de confirmação. O número de mortes segue em cinco.
A última atualização havia sido feita em 7 de fevereiro. Segundo a secretaria, cerca de 2.079 casos já foram descartados. A região que mais registrou casos confirmados até o momento foi o Barreiro, com 538. Por lá, há ainda 2.512 pendentes de confirmação, totalizando 3.050. Em seguida, estão as regionais Centro-Sul e Leste, com 422 e 250, respectivamente.
Belo Horizonte já enfrenta uma epidemia de dengue, com número de casos acima do tolerável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e segundo médicos, os números podem explodir após o término do Carnaval.
Os motivos para o aumento da proliferação do mosquito Aedes Aegypti e do contágio seriam o lixo produzido durante a festa, o tempo quente com chuvas isoladas e os foliões nas ruas com os corpos desprotegidos. Há um alerta para a possível sobrecarga nas unidades de saúde.
Chikungunya e Zika
Em 2024, foram confirmados 227 casos de chikungunya em moradores de Belo Horizonte, sendo 24 casos nativos, sete casos importados e 196 casos de local com origem indefinida. Há 333 casos notificados pendentes de resultados.
Já com a febre Zika, foram notificados, investigados e descartados dois casos da doença.
Espera por atendimento aumenta
Em BH, pacientes têm esperado mais de quatro horas para conseguir atendimento nas UPAs. Em algumas unidades, as pessoas são obrigadas a aguardar do lado de fora, sentadas na escada, devido à lotação. A maioria tem buscado o socorro após apresentar sintomas de dengue. A prefeitura informou que está ciente do aumento e listou as ações realizadas na capital.
*Estagiário sob supervisão de Valeska Amorim
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