Varredura deve ser feita nas casas, como nas calhas dos telhados, para verificar possíveis focos do mosquito que transmite dengue, chikungunya e zika (Riva Moreira/Arquivo Hoje em Dia)
Dengue, chikungunya e zika já deixaram 1.546 belo-horizontinos doentes apenas nos três primeiros meses deste ano – média de 16 diagnósticos por dia. A concentração de casos é maior na região Leste, onde estão bairros populosos, como Sagrada Família, Floresta e Santa Efigênia. Autoridades dizem ter reforçado as ações de combate ao mosquito transmissor das doenças, mas insistem no apelo às famílias para eliminar água parada.
Só de dengue são 1.051 confirmações, com uma morte. O óbito ocorreu em um paciente que já tinha outras enfermidades que contribuíram para complicações. Os números, porém, podem crescer. Há ainda 5,7 mil registros suspeitos pendentes de exames.
Outra preocupação é com a chikungunya. Incapacitante e capaz de provocar fortes dores principalmente nas articulações, a doença levou 474 pessoas às unidades de saúde da capital. Outros 402 casos estão em investigação. Já com relação à zika são 21 registros e 12 exames em análise.
A Secretaria Municipal de Saúde informou ter intensificado as ações de combate ao vetor como uma estratégia para evitar a propagação das doenças. Uma das principais é a visita dos agentes de endemias às casas dos moradores. O passo a passo para aprender a eliminar os riscos de focos pode ser visto em uma vídeo produzido pelo Hoje em Dia. Assista:
A longo prazo, a PBH trabalha com a soltura do mosquito Aedes Aegypti modificado com a bactéria Wolbachia. A ação foi ampliada na cidade. Mais de 7,5 milhões de insetos foram soltos em áreas de seis das nove regionais. Ainda não há resultados do projeto que promete reduzir em até 70% a incidência da dengue, mas a expectativa é grande. Os impactos devem ser mensurados no início de 2024.
A soltura dos mosquitos acontece nas regionais Barreiro, Centro-Sul, Oeste, Noroeste, Norte e Pampulha. A ação é feita em parceria com a organização internacional World Mosquito Program (WMP), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Ministério da Saúde.
Minas
No Estado, a dengue já matou 24 pessoas. Oitenta e três óbitos estão em investigação. Montes Claros, no Norte de Minas, lidera. Mais de 17 mil casos prováveis (soma dos registros confirmados e suspeitos da doença) foram notificados.
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