Aedes aegypti

Casos de dengue e chikungunya disparam em BH, aponta balanço da PBH

Pedro Faria
pfaria@Hojeemdia.com.br
12/01/2023 às 11:35.
Atualizado em 12/01/2023 às 12:25
Outros 147 óbitos seguem em investigação (ECOVEC/Divulgação)

Outros 147 óbitos seguem em investigação (ECOVEC/Divulgação)

Casos de dengue e chikungunya tiveram aumentos significantes em Belo Horizonte em 2022. Conforme balanço apresentado pela prefeitura da capital nesta quinta-feira (12), o mais preocupante foi a chikungunya, com um salto de 103%. Foram 106 casos em 2022 contra 52 computados em 2021.

Já a dengue teve um salto de 13%. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no ano passado foram foram 1.214 casos confirmados de dengue, com uma morte. Em 2021 somaram 1.072 confirmações, sem óbito.

O prefeito Fuad Noman (PSD) disse que a PBH pretende intensificar os trabalhos de combate aos Aedes aegypti em 2023. “As ações estão sendo difersificadas. Tivemos mais de 4 milhões de visitas ano passado e vamos ampliar isso. Estamos utilizando drones, treinando para equipes e vamos insistir para que as familias façam seu dever de casa. Queremos incidência zero de doenças do mosquito em BH”, disse o prefeito.

Uma das apostas no combate ao mosquito é o método Wolbachia. Desde outubro de 2020, a PBH vem utilizando esse novo modelo para reduzir o número de casos de doenças relacionadas ao Aedes.

Os novos mosquitos sao produzidos no insetario da Prefeitura de BH, na região da Pampulha. Eles possuem uma bacteria que diminui as chances de transmissão das doenças a humanos. A ideia é fazer com que a população desses mosquitos “contaminados” supere a dos insetos nativos nas regiões da capital.

“Em BH é diferente dos outros lugares do país porque estamos fazendo estudo clinico e vai ate 2024. Estamos acompanhando e logo podemos divulgar os resultados. Fazemos a liberação dos mosquitos nos lugares por cerca de 4 meses e, depois desse tempo, a prevalência vai aumentando e podemos ver os resultados. Se for sustentável, pode ficar anos e anos”, disse o pesquisador da Fiocruz Fabiano Pimenta

O pesquisador lembra que o trabalho da população continua sendo essencial. “É um processo temporário, para ocorrer a substituição dos mosquitos que tem que bacteria. A população tem que entender q é temporaria e depois vão estar protegidos pelo novo mosquito com Wolbachia. Mas as açoes de rotina devem continuar”, completou.

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